Áudios interceptados pela PF provam que Bolsonaro é o capitão do golpe

Marcelo Camargo/Agência Brasil

A investigação da Polícia Federal sobre a falsificação de certificados de vacina contra a Covid, envolvendo Jair Bolsonaro e pessoas próximas a ele, revelou algo muito mais grave.

Áudios de celular interceptados pela PF provam que um golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder, mesmo depois de ser derrotado nas urnas, era abertamente tramado entre o ajudante de ordens do ex-presidente, Mauro Cid, e o ex-major do Exército Ailton Barros, também chamado de “01 de Bolsonaro”.

Segundo a jornalista Daniela Lima, da CNN, que revelou os áudios em primeira mão, trata-se de uma “prova cabal de que a discussão de um golpe de Estado, após a derrota de Jair Bolsonaro, ocorreu na antessala do ex-presidente da República”.

Já a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, classificou os áudios como algo “gravíssimo” e adiantou que eles serão valiosos para a CPMI do Golpe, Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que vai investigar os atos terroristas e golpistas de 8 de janeiro.

“Como dizem, é batom na cueca. É o entorno do ex-presidente articulando, tudo falado às claras. É a primeira prova de que estavam discutindo golpear o Estado”, afirmou Gleisi pelo Twitter.

A presidenta do PT lembrou ainda a minuta de um golpe encontrada na casa do ex-ministro de Bolsonaro Anderson Torres, hoje preso. “(Tudo) está nas mãos da PF, por isso o medo dos bolsonaristas. O genocida é o capitão do golpe!”, ressaltou.

O senador Humberto Costa (PT-PE) também se manifestou, afirmando ser “necessário que os democratas se unam para exigir punição severa contra aqueles que tentaram ferir de morte o Estado brasileiro” (veja vídeo abaixo).

Quem foi flagrado tramando o golpe

Os áudios interceptados pela PF foram enviados na primeira hora de 15 de dezembro de 2022 pelo ex-major Ailton Barros para o então ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid. Os dois foram presos na terça-feira (3) por causa do escândalo das vacinas.

Cid é o braço-direito de Bolsonaro. Foi ele quem tentou recuperar as joias surrupiadas pelo chefe e também foi ele quem comandou todo o esquema de inserção de dados falsos sobre vacinação nos sistemas do Ministério da Saúde.

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