Atividade econômica tem maior crescimento em março, estima Serasa

24-05-10-pepe vargas-D1A economia brasileira apresentou crescimento de 9,3% em março na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo projeção da Serasa Experian. O resultado representa a maior taxa anual de expansão da atividade econômica desde abril de 1995. Descontados os fatores sazonais, a elevação do Produto Interno Bruto (PIB) mensal registrado em março foi de 1,8% ante o mês anterior.

Segundo a empresa de análise de crédito, o crescimento da atividade econômica foi determinado pela elevação de 27,8% nos investimentos produtivos (formação bruta de capital fixo) e de 11% no consumo das famílias. Também as exportações, com avanço anual de 18,5% no período, contribuíram para o resultado positivo. Para o segundo trimestre, a expectativa dos economistas da Serasa Experian é de que o ritmo de crescimento da atividade comece a mostrar desaceleração, com a retirada de estímulos fiscais feitos pelo governo, por exemplo.

O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), avaliou que a politica de aumento real do salário mínimo e os programas sociais realizados pelo governo geraram emprego e aumento da massa salarial, “o que foi decisivo para que o país não sofresse tanto com a crise e revelasse o que o PT sempre defendeu: um mercado consumidor de massa”, disse. Ele avaliou que o Brasil passa hoje por um “crescimento chinês”, mas, ao mesmo tempo, o governo se preocupa em manter a inclusão social e evitar um eventual crescimento da inflação.

Segundo o deputado Pepe Vargas (PT-RS), presidente da Comissão de Finanças e Tributação, os dados revelam que o aquecimento da atividade no país se deve ao dinamismo de uma economia de bases sólidas. “O crescimento da formação bruta de capital fixo é resultado do programa de sustentação do investimento que o governo vem desenvolvendo e cujo principal agente é o BNDES, com taxas de juros subsidiadas que permitem às empresas terem condições de se modernizar e dar conta da demanda”, disse.

Ele destacou que a já esperada desaceleração futura não significa um passo atrás para a economia, mas, ao contrário, representa uma busca pelo equilíbrio.”O governo retirou incentivos, como o IPI, e anunciou cortes nos gastos do Orçamento. Não é desejável que o país entre num ritmo maior de crescimento do que o possível, mas que cresça a taxas constantes e equilibradas. Estamos quebrando um paradigma de que não é possível haver distribuição de renda sem gerar inflação”, afirmou Pepe Vargas

Na avaliação do deputado Jilmar Tatto (PT-SP), a análise dos dados revela que o governo tem o controle e o planejamento da economia e a estratégia adotada atualmente é a correta. “Trata-se de uma política econômica que atuou primeiramente no fortalecimento do consumo interno, por meio da redução de impostos, e agora demonstra responsabilidade na preocupação de não permitir o aumento da inflação. O objetivo é manter a economia em equilíbrio”, disse.

Indicadores – Dados divulgados nesta segunda-feira também apontam resultado positivos para a balança comercial, que registrou superávit de US$ 546 milhões na terceira semana de maio. As exportações somaram US$ 3,970 bilhões e as importações somaram US$ 3,424 bilhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

No mês, a balança comercial acumula superávit de US$ 2,015 bilhões. No ano, o saldo está positivo em US$ 4,189 bilhões, com média por dia útil de US$ 43,6 milhões -50,3% inferior à média de US$ 87,8 milhões observada de janeiro a maio de 2009.

Pelo relatório Focus, do Banco Central, também divulgado nesta segunda, a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) passou de expansão de 6,3% para 6,46%. A mediana para a Taxa Selic no fim do ano seguiu em 11,75%, enquanto a taxa de câmbio permaneceu estimada em R$ 1,80.

Equipe Infomes, com agências

 

 

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