No primeiro trimestre deste ano a arrecadação, de R$ 293,426 bilhões, teve crescimento real (corrigido pela inflação) de 2,08%, na comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com a Receita Federal, o bom desempenho ocorreu apesar das desonerações tributárias principalmente sobre as folhas de pagamento, da Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide) dos Combustíveis, do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis e do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), cobrado no crédito para pessoas físicas.
Já entre os fatores determinantes para a arrecadação recorde, vários indicadores econômicos influenciaram o resultado. Na comparação entre o primeiro trimestre desse ano com o do mesmo período de 2013, houve crescimento de 5,04% na produção industrial, de 8,47% na venda de bens e serviços e de 10,07% na massa salarial. O valor em dólar das exportações também contribuiu ao cair 5,31% em fevereiro deste ano, comparado com igual mês de 2013.
“O aumento na arrecadação no primeiro trimestre em relação ao ano passado é a prova inconteste de que a economia está crescendo e vai bem, apesar de setores da oposição e da mídia insistirem em dizer o contrário”, avaliou o deputado Pedro Eugênio (PT-PE). Segundo ele, a geração constante de emprego também é um dos fatores que explica o incremento da arrecadação.
“A demanda tem crescido, e força o setor produtivo de bens e serviços a manter-se aquecido. Não é a toa que isso tem levado a um círculo virtuoso que influencia na redução dos índices de desemprego no País”, atestou.
No mês de março a arrecadação de impostos e contribuições federais também cresceu. O governo arrecadou no período R$ 86,621 bilhões em março, um crescimento de 2,5% em relação ao mês anterior segundo a correção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, (IPCA).
Segundo a Receita Federal, o resultado positivo foi obtido apesar da queda na arrecadação do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido em janeiro e em fevereiro, com reduções de 5,46% e 16,53% respectivamente. Em março, a Receita informou que a arrecadação desses tributos ficou estável.
Héber Carvalho com agência Brasil