As hostilidades contra petistas registradas recentemente na cidade de São Paulo foram criticadas por parlamentares petistas no início desta semana. No último sábado, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega foi hostilizado, pela segunda vez esse ano, em um restaurante na capital paulista, onde jantava acompanhado de sua mulher.
Para o deputado federal Jorge Solla (PT-BA), os ataques contra os ex-ministros são uma atitude “violenta e antidemocrática”. “É preciso rever essa postura que não contribui para a democracia”, defendeu o parlamentar.
Na avaliação do senador Humberto Costa (PT-PE), “é inadmissível esse nível de agressão”. Ele defendeu ainda que atos radicais como os registrados nos últimos tempos não são legítimos de democracia. “São manifestações da extrema direita que incitam atitudes fascistas”, afirmou.
Este foi o segundo episódio agressivo contra Mantega neste ano. Em fevereiro, o ex-ministro foi agredido verbalmente sob os gritos de “vai para o SUS” quando estava na lanchonete do hospital Albert Einstein. Há poucos dias, o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, que implantou o programa Mais Médicos, também foi alvo de hostilidade em um restaurante na capital paulista.
Um dia depois da agressão a Padilha, o jornalista e escritor Fernando Morais afirmou que São Paulo, onde nascem as candidaturas de Roberto Freire, Bolsonaro Filho e mais recentemente Roberto Jefferson, “choca o ovo da serpente”. Ele publicou no Facebook o link da reportagem da Folha de S. Paulo que relata o episódio com Mantega junto de uma imagem de ovos protegidos por uma serpente e a mensagem “tá choca e antidemocrática”; “É preciso rever essa postura que não contribui para a democracia”, defendeu.
Brasil 247
Foto: Gustavo Bezerra/PT na Câmara