Ataque de fascistas não tirou brilho da Marcha das Mulheres Negras

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Apesar do ataque dos grupos fascistas acampados na frente do Congresso Nacional, a Marcha das Mulheres Negras, nesta quarta-feira (18), foi um grande êxito da luta pela igualdade racial. Mais de 15 mil pessoas participaram do ato, que fez parte da Semana Nacional da Consciência Negra e tinha por objetivo chamar a atenção da sociedade para a situação de alta vulnerabilidade das mulheres negras frente ao racismo, ao machismo e às demais formas de opressão às quais elas estão submetidas cotidianamente.

A Bancada do PT na Câmara, sobretudo as deputadas, se envolveu diretamente no apoio à Marcha, que foi organizada pelas seguintes entidades: Agentes de Pastoral Negros (APNs), Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB), Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Quilombolas (Conaq), Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen), Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), Fórum Nacional de Mulheres Negras (FNMN), Movimento Negro Unificado (MNU), e União de Negros e Negras pela Igualdade (Unegro). As atividades para celebrar a Semana da Consciência Negra seguem até domingo por todo o País.

Ataque – Um manifestante acampado na frente do Congresso Nacional foi detido após efetuar disparos com uma pistola para intimidar participantes da Marcha que passavam pelo acampamento que pede a intervenção militar. O mesmo manifestante, que é policial militar no Maranhão, já havia sido preso na semana passada, após ser flagrado com um pequeno arsenal de armas brancas e uma arma de fogo. Além disso, foi detido outro manifestante que sacou a arma e deu três tiros para o alto, supostamente um policial civil infiltrado no acampamento dos intervencionistas para apurar se há mais armas com o grupo. Após disparar sua arma, esse manifestante se entregou à Polícia Militar que protegia a entrada do Congresso Nacional.

Na última sexta-feira (13), o Líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), enviou ofício aos presidentes do Senado e da Câmara solicitando a remoção imediata dos manifestantes acampados na área adjacente ao Congresso, após um acampado ter sido preso com uma pistola e várias armas brancas. Após os incidentes desta quarta, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), informou que efetuará a remoção dos acampamentos em até quatro dias.

Em pronunciamento na sessão do Congresso, também nesta quarta, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) questionou os fatos ocorridos em decorrência dos acampamentos golpistas. “Não é o primeiro incidente, ainda que este seja talvez o mais grave. Manifestar-se democraticamente é uma coisa, mas criar um ambiente de guerra é outra. Se alguém perder a cabeça e gerar algum incidente grave, será tarde”, alertou Chinaglia.

Rogério Tomaz Jr.

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