Foto: Gustavo Bezerra
O candidato à Presidência da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), se comprometeu no plenário da Casa a manter a independência do parlamento em relação ao governo. Durante o pronunciamento, ele disse que seu maior compromisso é “com a verdade, com a justiça, com o Brasil e com o engrandecimento da Câmara dos Deputados”.
Ainda de acordo com Chinaglia, é um erro imaginar que qualquer candidato possa se comportar de forma submissa a outro poder no exercício da presidência da Câmara. “Se alguém imagina a Câmara subjugada, é um erro dramático. Porque se alguém assim se comportasse na Presidência, na Mesa ou em qualquer investimento concedido pelo conjunto dos deputados, as bancadas não permitiriam, os partidos não permitiram, o plenário não permitiria, ou seja nós não permitiríamos”, destacou.
O candidato a presidente disse ainda que, além das palavras, o exemplo dado por ele quando exerceu a presidência da Câmara dos Deputados no biênio 2007/2009 demonstra a forma correta como conduziu os rumos da Casa. “Quero repartir a minha maior emoção quando exerci a função de presidente. No dia que fiz meu último e breve discurso, e levantei da cadeira de presidente, fui aplaudido de pé pelo plenário. Faço esse agradecimento, porque ali não havia base do governo ou oposição”, lembrou.
Além desse fato, Arlindo Chinaglia citou o reconhecimento de méritos a sua campanha, atribuídos por adversários políticos. “Refiro-me ao senador José Serra (PSDB), do meu estado, que em dado momento disse o seguinte, e isso muito me honrou. ‘Não podemos apenas pensar em derrotar o PT, sem pensar no que é melhor para o País’. Eu liguei para ele e o agradeci”, disse Chinaglia.
Durante o pronunciamento, o candidato mencionou também palavras do colunista da Folha de S. Paulo, Jânio de Freitas, elogiosas a sua atuação quando foi presidente da Casa. “Disse ele: ‘Se a disputa fosse menos rasteira, Arlindo Chinaglia poderia ter feito sua campanha com a invocação da passagem que teve na Presidência a que deseja voltar. Sóbrio, muitas vezes duro e áspero na condução das sessões, foi presidente da Câmara, mais do que um petista na Presidência da Câmara”.
Saudação – Arlindo Chinaglia também saudou os novos e antigos parlamentares ao ressaltar a importância de todos no fortalecimento do Parlamento. “Parto do pressuposto de que todos aqui somos iguais e fomos investidos pelo poder emanado da decisão do povo brasileiro. Nesse sentido, aqui não pode e não vai se estabelecer uma relação de subordinação entre qualquer presidente eleito, e qualquer deputado, por menos experiência que tenha ao chegar aqui”, destacou.
No encerramento do discurso Chinaglia revelou qual será o lema da sua gestão caso vença a disputa. “Seja a direção desse mandato que pleiteio o lema do poeta: ‘Ser o que se é, falar o que se pensa, crer no que se prega, viver o que se se proclama até as últimas consequências”, ressaltou.
Héber Carvalho