O presidente Jair Bolsonaro segue com a sua popularidade em queda. A confiança e a aprovação da população na maneira do presidente governar é desaprovada por 53% dos entrevistados, segundo nova pesquisa feita pelo Ibope e encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O levantamento foi feito entre os dias 5 e 8 de dezembro, antes da investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro contra o senador Flávio Bolsonaro, filho de Presidente da República.
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (PT-RS), usou suas redes sociais para comentar a falta de confiança da sociedade brasileira em Bolsonaro. Pimenta destacou os números apresentados pelo Ibope, “Bolsonaro despenca mais no Ibope. 53% não aprovam a maneira de Bolsonaro governar (eram 40% em abril e 48% em junho e 50% em setembro) ”.
Já Margarida Salomão (PT-MG) lembra que a pesquisa é anterior as revelações de lavagem de dinheiro e relacionamento com a milícia. “Bolsonaro Despenca. A avaliação pessoal de Bolsonaro está em franca queda, segundo o Ibope. Ênfase: a pesquisa é de dez dias atrás. Antes, portanto, das novas revelações de lavagem de dinheiro e relacionamento com a milícia”, escreveu a deputada.
Para o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), Bolsonaro está até demorando para cair mais. “Aprovação e confiança de Bolsonaro em queda. Está até demorando para cair mais! O “recall” das fake news da campanha ainda o sustenta, mas não por muito tempo”, escreveu em seu Twitter.
Dados
Segundo a pesquisa, 53% não aprovam a maneira de Bolsonaro governar (eram 40% em abril e 48% em junho e 50% em setembro). Aqueles que aprovam somam 41% (eram 51%, 46% e 44% nas pesquisas anteriores). 6% não quiseram responder. É o pior resultado entre as quatro pesquisas feitas pelo Ibope neste ano.
A avaliação negativa (ruim e péssimo), por sua vez, subiu de 27% em abril para 32% em junho, em setembro chegou a 34% e agora alcançou 38%. A avaliação positiva (ótimo e bom) do governo era de 35% em abril, caiu para 32% e 31% em junho e em setembro, respectivamente, e agora está em 29%.
A confiança em Bolsonaro também decresceu, mas marginalmente, dentro da margem de erro. Os que disseram “confiar” no presidente foram 41% dos entrevistados. Em abril, esse percentual era de 51% (caiu para 46% em junho e para 42% em setembro). Por outro lado, 56% disseram “não confiar” em Bolsonaro (eram 45% em abril e 51% em junho e 55% em setembro).
Lorena Vale com Agências