Uma pesquisa da XP/Ipespe divulgada nesta segunda-feira (18) mostra que 24% da população – um em cada quatro brasileiros – avalia o governo de Jair Bolsonaro como ruim ou péssimo, um aumento de 7 pontos percentuais em relação ao mês passado. Para o líder do PT, deputado Paulo Pimenta (RS), a queda se deu porque a cada dia mais pessoas constatam a “incompetência” de Bolsonaro para administrar o Brasil.
Em sua conta no Twitter, Pimenta reforçou ainda que a aprovação popular de Bolsonaro vem despencando devido a sua “relação íntima com o crime organizado, disposição para massacrar o povo, especialmente os mais pobres, idosos e mulheres, com a Reforma da Previdência”.
Pela pesquisa da XP/Ipespe, realizada entre 11 e 13 de março, o número de pessoas que considera o mandato de Bolsonaro ótimo ou bom caiu três pontos percentuais e a expectativa de uma gestão positiva caiu seis pontos percentuais. “Nunca uma lua de mel entre o presidente e seus eleitores durou tão pouco”, afirmou o deputado Rogério Correia (PT-MG), também em sua conta no Twitter. “A avaliação negativa de Bozo cresceu 7 pontos em 1 mês. Vai despencar mais, com os fatos dos escândalos de corrupção atualmente investigados, o principal deles o das milícias no Rio de Janeiro”, acrescentou.
Na avaliação da deputada Maria do Rosário (PT-RS), a queda na avaliação do governo Bolsonaro, já é o reflexo da retirada de direitos e do desmonte do Estado brasileiro, que Bolsonaro tentará fazer. “Quem achou que este governo iria defender o Brasil e os trabalhadores, acreditou em mais uma fake news”, afirmou em sua rede social.
O deputado Bohn Gass (PT-RS) também considerou que a Reforma da Previdência proposta por Bolsonaro foi um dos principais motivos para que a aprovação do seu governo caísse de 40 para 37%. “A maioria da população brasileira é contra aumentar a idade mínima para aposentadoria e a maioria defende mudanças nas regras para militares e forças armadas!”, argumentou.
“Bolsonaro em queda livre”, destacou o deputado Airton Faleiro (PT-PA), em sua conta no Twitter, explicando que pela pesquisa da XP/Ipespe a aprovação cai e a reprovação sobe. “Não demora muito será abandonado pelos seus próprios fãs”, ironizou.
E a deputada Margarida Salomão (PT-MG) sintetizou: “De vergonha em vergonha, esse governo vai acabar no negativo”.
A Pesquisa
Segundo o levantamento, antes mesmo de completar três meses de governo, as avaliações positivas (ótimo ou bom) do presidente caíram de 40% em fevereiro para 37%, ao passo que as negativas (ruim ou péssima) saltaram de 17% para 24%, no mesmo período. Já as pessoas que veem o governo como regular permaneceram em 32% e 8% não souberam ou não quiseram responder.
A pesquisa ouviu 1.000 entrevistados em todas as regiões do País e também fez questionamentos sobre as ações específicas de Bolsonaro. A resposta não é nada favorável ao presidente. Para 59% dos entrevistados foi inadequada a postagem com imagens sexuais no Twitter oficial de Bolsonaro.
Outro ponto é a Previdência dos militares, aquela que Jair não quer mexer, que também é questionada pela população. 55% dos entrevistados apoiam mudanças na aposentadoria dos oficiais brasileiros.
O nível de confiança é de mais de 95% e a margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.
Vânia Rodrigues, com agências