Um dos recados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva transmitidos pela presidenta do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), nesta quinta-feira (1º), após visitá-lo em Curitiba, dá a dimensão exata de como se desdobrará a resistência contra os retrocessos impostos por Jair Bolsonaro contra o povo: “O PT tem uma grande responsabilidade com o Brasil”, alertou o ex-presidente.
Tamanha é a responsabilidade que o testemunho feito por Gleisi, que visitou Lula ao lado de Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, e Emídio de Souza, deputado e um dos advogados do ex-presidente, foi todo voltado a apresentar o calendário de lutas agendas para o mês de agosto.
“Conversamos muito sobre o processo de renovação do PT, sobre o 7º Congresso Nacional e sobre a importância do fortalecimento do partido nesta caminhada para que a gente possa ajudar o povo neste desafio que temos diante desse governo. Faremos isso em conjunto com as forças de esquerda”, resume a presidenta.
Sobre as mobilizações listadas a seguir, Gleisi reitera que todas elas “têm a ver com pautas da sociedade e tem a ver com nós do partido” porque “não tem como lutar por um Brasil melhor enquanto tivermos essa injustiça contra o ex-presidente Lula”.
Confira os atos e eventos já confirmados:
Dia 5:
A primeira segunda-feira de agosto já dá mostras claras do que será o restante do mês com dois grandes atos marcados. O primeiro deles acontece em Brasília com profissionais da categoria apoiados pelo PT e demais forças progressistas em defesa da saúde e do SUS.
Em São Paulo, o PT se alia ao ato convocado pela Frente Povo Sem Medo e convoca todos brasileiros e brasileiras que estão em choque com a postura de Bolsonaro a resistir ao avanço do autoritarismo. A manifestação “ Ditadura nunca mais” terá início a partir das 18h, em frente ao Masp, na avenida Paulista.
Dia 7:
Na quarta-feira, com a presença de lideranças como ex-ministro Fernando Haddad, representantes das bancadas do partido na Câmara e no Senado, com o apoio da Fundação Perseu Abramo (FPA), o PT apresentará ao público o Plano Emergencial de Emprego e Renda.
A iniciativa é uma resposta ao total descaso do desgoverno Bolsonaro para tentar conter o aumento vertiginoso do desemprego e da fome no país. “O PT sabe como fazer, tem propostas para isso. Vamos trabalhar com o Plano em todos os estados brasileiros e definir quais serão os caminhos que vamos seguir para gerar emprego e renda ao povo brasileiro”, explica Gleisi.
Dia 13:
Este será uma data fundamental no calendário de lutas do segundo semestre, já que em todo o país acontece o Dia Nacional em Defesa da Educação e também contra a reforma da Previdência. A exemplo do que ocorreu em 15 e 30 de maio, a mobilização deve se espalhar pelo Brasil todo e é organizada por movimentos estudantis, sindicatos de diversas categorias e representantes de praticamente todos os setores da sociedade – além, claro, dos partidos progressistas.
Com o fim do recesso no Congresso, a luta contra a reforma da Previdência volta com ainda mais força ainda e também estará na pauta dos atos do dia 13.
Dias 13 e 14:
Brasília recebe nestes dias a Marcha das Margaridas, maior ação de mulheres da América Latina que levará à capital federal as propostas de quem produz comida sem veneno para nossa população – tema ainda mais urgente com a liberação inadmissível de agrotóxicos feita por Bolsonaro.
A expectativa é que a marcha reúna entre 50 e 100 mil pessoas com o objetivo de deixar claro que a única proposta para o setor agroecológico são políticas públicas que melhor atendam as demandas das agricultoras e agricultores familiares de todo o país.
Dia 19:
A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) decidiu reforçar a mobilização com o lançamento da campanha #MoroMente. A iniciativa, apresentada nesta quinta (1º) e cujo ato de lançamento ocorre no próximo dia 19, pretende explicar para a população as razões que comprovam a atuação política, arbitrária e criminosa do ex-juiz em conluio com agentes da operação.
“Temos que fazer todos os movimentos possíveis para que Moro seja julgado por suspeição. Lula não quer benevolência, quer um julgamento justo”, insiste Gleisi.
De 29 de agosto a 1º de setembro:
Durante os quatro dias, Curitiba recebe a 18ª edição da Jornada da Agroecologia e, a exemplo do que ocorreu ano passado, também terá na pauta o tema Lula Livre – o presidente que mais fez pelo setor em toda a história do país. A Jornada de Agroecologia é uma coalizão política constituída em 2001, que resultou de amplo processo dialógico entre vários movimentos sociais, populares, do campo e organizações não-governamentais atuantes no Paraná.
Até o final de agosto:
A presidenta do PT anunciou também que, até o final do mês, o partido realizará ato de lançamento da Frente Nacional e Popular pela Soberania do Brasil. A proposta, resume Gleisi, é uma resposta à subserviência e entreguismo de Bolsonaro. “Porque não dá para aceitar o Brasil sendo entregue do jeito que está, com nossas riquezas, empresas públicas, Amazônia. E é também por Lula porque um país não é soberano quando não tem uma democracia consolidada. E com Lula preso não há democracia.
Da Agência PT de Notícias