A Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) é a segunda a aderir ao chamamento do Consórcio Nordeste para, através do programa Brigada SUS/NE, realizar a revalidação de diplomas de médicos brasileiros formados no exterior. Pelo programa, a revalidação não se dará por provas, mas pela análise curricular, de relatório de atividades acadêmicas e pelo cumprimento de um período de internato complementar, sob supervisão da universidade. A decisão do Conselho Superior de Ensino da UESC (Consepe) é desta quinta-feira (21) e foi aprovada “por ampla maioria”, conforme comunicado oficial.
“Parabéns a todos os professores da UESC, que tiveram a sensibilidade de entender o papel fundamental que um curso de medicina tão bem conceituado pode desempenhar nesse momento de pandemia, realizando um qualificado processo de revalidação de diplomas”, comemorou o deputado Jorge Solla (PT-BA), uma das lideranças políticas que ajudou na costura institucional da Brigada SUS/NE.
O deputado, que também é um dos autores do projeto de lei (PL 1780/20) – que tramita na Câmara – e institui o Revalida Emergencial, disse que o sul da Bahia, infelizmente, viveu as dificuldades de UTIs lotadas e com diversos profissionais afastados por contaminação. “Garantir profissionais da linha de frente tem como único foco de salvar vidas”, enfatizou.
Decisão da UESC
No comunicado oficial da universidade, o Conselho salienta ser “dever da Instituição de Ensino Superior atuar, neste momento para conter o avenço da Covid-19” e que “foi ressaltado, durante a reunião, o papel da responsabilidade social da universidade, neste momento de pandemia”. Além da revalidação de diplomas, a UESC estabeleceu ainda que realiza adequações em seus laboratórios “para que possa desenvolver atividades relacionadas ao diagnóstico da (Sars-CoV2)”.
No dia 28 de abril, a entidade que reúne os governadores da região criou a Brigada Emergencial de Saúde do Nordeste (Brigada SUS/NE), um programa de contratação de médicos para atuar no combate ao coronavírus, que convocou universidades públicas para realizar editais de revalidação de diploma. Há mais de 15 mil médicos brasileiros formados no exterior que aguardam, há mais de três anos, uma prova do Revalida para conquistarem o registro profissional para atuar no País.
Em seu comunicado, a UESC afirmou a necessidade de “adequação do curso” de medicina para “atender a esta demanda emergencial”, como uma exigência para garantir a “a qualidade do Curso de Medicina da UESC, avaliado entre os melhores da Região Nordeste”, sem deixar claro, no entanto, as medidas que serão adotadas.
Assessoria Parlamentar