A ideia do governo federal é começar a vacinação ainda neste primeiro mês de 2021 com essas primeiras doses de vacinas britânicas importadas. Enquanto que no mês seguinte já está prevista a entrega da produção de 30 milhões de vacinas por meio da parceria entre a Fiocruz e a farmacêutica.
A Anvisa, no entanto, só aprovou por enquanto a importação, e não a primeira etapa do plano apresentado pelo governo federal.
Para isso, a Fiocruz deve pedir, ainda nesta semana, a aprovação para o uso emergencial da vacina, o que deve ser analisado pela Anvisa em até 10 dias. Até lá, a agência exige que o carregamento fique sob a guarda da Fiocruz a fim de “garantir as condições de armazenamento e segurança para manutenção da qualidade do produto. Na solicitação recebida pela Anvisa, a indicação é que as vacinas cheguem ao País em janeiro”, informou a Anvisa, em informação publicada pela Folha de São Paulo.
No total, o governo federal investiu R$ 2 bilhões na compra de doses e transferência de tecnologia para a Fiocruz. A ideia é distribuir 210,4 milhões de doses em 2021 para imunizar 105 milhões de pessoas, visto que cada brasileiro receberá duas doses, entre um intervalo de um a três meses.
Queda de braço política
A estratégia do governo federal de importar dois milhões de doses prontas é mais um capítulo da disputa entre o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) e o governo estadual paulista de João Doria (PSDB).
De primeira, a ideia era iniciar a aplicação da vacina somente em fevereiro. A estratégia mudou após o governo paulista importar 10,8 milhões de doses da Coronavac, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, e anunciar o começo da vacinação para o dia 25 de janeiro. A aplicação do uso emergencial da vacina depende também, no entanto, do aval da Anvisa, o que ainda não foi solicitado.
Rede Brasil Atual