A Comissão de Cultura realizou seminário nesta terça-feira (22) para homenagear o jornal Brasil de Fato, que completa em 2013 dez anos de circulação. A iniciativa partiu dos deputados Nilmário Miranda (PT-MG) e Jean Wyllys (PSol-RJ), integrantes da comissão, que consideram a diversidade da mídia um elemento fundamental para a difusão da cultura.
“Também é papel da Comissão de Cultura debater a pluralidade e a diversidade no campo da comunicação, bem como a regionalização da cultura, princípio que está previsto na Constituição e até hoje não virou lei”, argumenta Nilmário.
O petista lembrou que outros atores do campo da comunicação foram objeto de discussão em atividades da comissão. “Quando trazemos aqui para o debate a Mídia Ninja, o Fora do Eixo e o Brasil de Fato, devemos discutir também a proteção que o Estado deve garantir à diversidade de vozes na mídia, que é o fator que garante a verdadeira liberdade de expressão da sociedade”, disse o parlamentar mineiro.
Nilmário também elogiou a persistência do Brasil de Fato e o conteúdo do veículo, guiado pelo objetivo de dar voz aos movimentos sociais e organizações populares do Brasil, da América Latina e do mundo. “Nas condições econômicas do setor, uma imprensa como essa completar dez anos de existência é algo que deve ser muito celebrado por todos os democratas do Brasil”, afirmou.
Participaram da atividade convidados do conselho editorial e da redação do jornal, além de representantes de movimentos sociais. O deputado Zezéu Ribeiro (PT-BA) também acompanhou o evento.
Discurso – Em pronunciamento na tribuna da Câmara, o deputado Valmir Assunção (PT-BA) também saudou o aniversário do periódico, que circula semanalmente. “Não estou falando de um jornal qualquer, principalmente diante da discussão da necessidade da democratização dos meios de comunicação, da regulação dos meios brasileiros, hoje controlados por meia dúzia de famílias que controlam o que é veiculado como informação e verdade para o Brasil. O Brasil de Fato, sem nenhuma dúvida, cumpre o papel de pautar os conflitos sociais através de diferentes pontos de vista, mas comprometido com aqueles que historicamente são destituídos de seu direito à voz, à veiculação da opinião, de sua reivindicação, da problematização dos gargalos estruturantes que ainda assolam o Brasil”, declarou Valmir.
Rogério Tomaz Jr.