Angelim faz histórico da Amazônia e defende consolidação de processo sustentável com inclusão do bem-estar humano

Angelim CD

O deputado Angelim (PT-AC) ocupou a Tribuna nesta semana para uma análise sobre o processo histórico de desenvolvimento da Amazônia brasileira. De acordo com Angelim, são muitas as facetas territoriais, ambientais, humanas, sociais e econômicas da Amazônia. “A Bacia do Rio Amazonas é detentora de grandes estoques de recursos naturais — biodiversidade, reservas minerais e hídricas — de importância vital para o Brasil e a humanidade. A Amazônia também é provedora de serviços ambientais vitais para as populações locais e globais”.

Para executar suas políticas de desenvolvimento regional, explicou, o “governo federal criou a SUDAM,  transformou o Banco de crédito em Banco da Amazônia, e reformulou a SUFRAMA”. Angelim cobrou uma atuação mais efetiva destes órgãos, responsáveis pelo desenvolvimento da Amazônia.

“A SUDAM, a BASA e a SUFRAMA, instituições que devem à sociedade brasileira, em especial ao povo da região amazônica, um amplo e construtivo debate sobre suas metas e prioridades, que deve envolver não só os políticos e os gestores de políticas públicas, mas também, a classe empresarial, notadamente aquelas vinculadas às micro, pequenas e médias empresas, mas também as organizações da sociedade civil, de forma que a definição  de suas políticas regionais atendam aos reais interesses da sociedade amazônica, com vistas ao fortalecimento do setor produtivo, com geração de renda e emprego, principalmente para os mais excluídos”, ressaltou o petista.

O deputado Angelim também citou os avanços na área da educação implementados pelo governo federal que criou universidades federais em todos os Estados da região amazônica. “Na última década, a rede federal de educação superior foi substancialmente ampliada com a criação de novas universidades federais e ampliação dos campis já existentes, além de criação de uma rede de Institutos Federais de Educação técnica em todos os Estados da Amazônia.  Também foram criados o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e o Museu Goeldi, vinculados ao Ministério da Ciência e Tecnologia”.

Resta ainda, disse Angelim, “o desafio de incorporar ao dia-a-dia da população amazônica, os benefícios desse conhecimento que vêm sendo acumulados por esta instituição de ensino superior e pesquisa, alinhando-os com as demandas, anseios e sonhos da sociedade amazônica, sem excluir ninguém, especialmente os povos tradicionais: o ribeirinho, o seringueiro, o agricultor, os povos da floresta e o empresário do campo e da cidade”.

“O resultado da história de desenvolvimento da Amazônia revela um Paradoxo: a Amazônia Legal, com seus vastos recursos naturais, apresenta algumas das maiores proporções de população vivendo em extrema pobreza ou abaixo da linha de pobreza e beneficiárias de programas governamentais de complementação de renda como o Bolsa Família e Bolsa Floresta. Nas áreas rurais da região vive mais de um milhão de famílias de produtores familiares, populações extrativistas, 60% da população indígena do país que dependem de sistemas tradicionais de agricultura de derruba e queima para assegurar sua segurança alimentar”, disse.

Para Angelim, a Amazônia tem estado no centro dos debates sobre desenvolvimento sustentável, sendo foco da atenção de pesquisadores, formuladores de políticas públicas, tomadores de decisões do setor privado e da sociedade civil em âmbito nacional e internacional.

“A consolidação de um processo sustentável de melhoria inclusiva do bem-estar humano, por meio do manejo e conservação dos recursos naturais, e a recuperação e intensificação do uso das áreas alteradas nessa Região estão ao alcance dessa geração.  A expansão das redes e o aumento da eficiência e da efetividade dos investimentos na provisão de serviços de saúde, educação, justiça e apoio à inovação tecnológica são essenciais para qualificar o capital de recursos humanos e expandir o capital social e de conhecimento necessários para alcançar o objetivo do desenvolvimento sustentável da Amazônia Legal”.

O deputado Angelim enfatizou ainda a necessidade de uma exploração sustentável e que reverta em benefício para a população da região. “Não defendo uma Amazônia intocável, nem que seja uma paisagem apenas. Ao contrário, sou adepto de que suas riquezas naturais — florestas, mananciais hídricos, minerais, etc. —sejam exploradas de maneira inteligente e sustentável e que se revertam em benefícios e na melhoria da qualidade de vida desta e das futuras gerações”, ressaltou.

               

Gizele Benitz

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