O deputado Angelim (PT-AC), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Economia Solidária, defendeu em pronunciamento no plenário que o governo federal preserve, em sua reforma administrativa, a Secretaria Nacional de Economia Solidária, vinculada ao Ministério do Trabalho e Previdência Social.
“É importantíssima a permanência dessa secretaria porque são milhões e milhões de empreendedores, de cooperativas de créditos, de bancos comunitários, de artesãos, de pequenos empreendedores, gerando milhões de empregos nos vários municípios do país”, afirmou.
De acordo com Angelim, o mundo vive um momento de crise econômica e o Brasil “não está imune” a esta realidade. No entanto, disse ele, há mais de uma década vem se desenvolvendo no Brasil um poderoso movimento de construção de uma nova economia, voltada para as necessidades básicas dos empreendedores populares, diretamente vinculada ao compromisso de garantir o abastecimento, de melhorar de forma contínua o padrão de vida das pessoas.
“Esta nova economia, a que chamamos de Economia Solidária, reconhece o poder de compra como um direito humano fundamental, com precedência em relação aos demais aspectos da economia. Busca superar a sociabilidade baseada na apropriação do trabalho do outro, enfrentando a alienação na produção, no consumo e na relação com a natureza”, explicou o petista.
Para o parlamentar do PT, “trata-se de um novo modo de olhar a produção que implica na construção de novos valores, rotinas, institucionalidades e arcabouço jurídico, um novo marco civilizatório que resulta na afirmação de uma nova geração de empreendedores, altamente qualificados e politizados, comprometidos com os direitos humanos, com o meio ambiente e com a qualidade de seus produtos. E o resultado disto é que o Brasil possui hoje o maior movimento de Economia Solidária do mundo, em que se articulam milhares de cooperativas da agricultura familiar, coleta e reciclagem de materiais, iniciativas agroecológicas, bancos comunitários, feiras e centrais de comércio justo e solidário e tantos outros campos da atividade humana”.
“Por tudo isto, penso que já passou da hora de darmos à Economia Solidária uma escala compatível com a magnitude da população brasileira, promovendo-a ao status de política de Estado. Para tanto, é fundamental que o Governo reconheça a necessidade de continuar fortalecendo as políticas públicas de Economia Solidária”, enfatizou o deputado Angelim.
Gizele Benitz
Foto: Salu Parente