Amorim defende diálogo para fim de conflitos no mundo: “A paz tem custos”

celsoamorim_fazulAo participar na segunda-feira (14) da 99ª Conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Genebra, na Suíça, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, reiterou a necessidade de buscar o fim dos conflitos por meio do diálogo. O chanceler fez a afirmação cinco dias depois de o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovar sanções ao Irã sem considerar o acordo nuclear negociado com Brasil e Turquia.

“A paz tem custos. Todos devem se envolver nos esforços para a sua construção e manutenção. O Brasil, de sua parte, escolheu o diálogo, as soluções negociadas e a diplomacia como forma de resolver os conflitos. Paz, cooperação solidária e comércio justo serão o novo nome do desenvolvimento”, disse Amorim, sem citar nominalmente o Irã.

Para Amorim, a aprovação das sanções ao Irã foi um retrocesso. No entanto, países liderados pelos Estados Unidos pressionam o Irã utilizando o pretexto de que o país procura fabricar armas atômicas com seu programa nuclear. Porém, o governo do presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad, reafirma o caráter pacífico do programa.

Paralelamente, Amorim apelou para que houvesse um esforço global para acabar com as ideias preconcebidas em torno da suposta fragilidade que envolve os países em desenvolvimento. “As crenças que preconizam um Estado frágil e pouco ativo sofrem de um mal de origem: apostam que o bem-estar social pode ser confiado à mão invisível do mercado”. Em seguida, Amorim afirmou que “os países em desenvolvimento sabem o quão visível é o preço dessa superstição. Estado forte não se confunde com Estado autoritário. O Estado forte que queremos pressupõe controle democrático de todas as instituições políticas”.

O ministro pediu que fosse aberto um espaço na OIT para a discussão de alternativas para as questões econômicas globais. “Sempre entendemos que emprego e proteção dos trabalhadores não são apenas promotores da justiça social, mas também instrumentos de correção dos desequilíbrios da globalização”.

Citando uma série de programas e ações implementadas no país nos últimos anos, como o Bolsa Família, e afirmando que o Brasil conseguiu reduzir o número de crianças que trabalham, Amorim também expôs os benefícios criados pelos programas sociais do Brasil, que priorizaram o fortalecimento da economia e a justiça social.

“Esse compromisso com a erradicação do trabalho infantil transcende as fronteiras: o governo brasileiro tem estabelecido parcerias para o combate a esse flagelo com países da América Latina, África e Ásia”, afirmou.

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