Eventual mudança de governo, sob hegemonia empresarial e conservadora, preocupa as Confederações. E elas já se mobilizam, em defesa das conquistas trabalhistas, por meio do Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST). Nesta terça-feira (26), a entidade se reuniu em Brasília, para discutir a conjuntura política atual.
O Fórum agrega 20 confederações que defendem a estrutura sindical e as conquistas da CLT e da Constituição. “Vamos ouvir cada companheiro sobre a conjuntura. Pretendemos também marcar um amplo seminário para meados de maio”, adiantou à Agência Sindical o presidente da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB), Sebastião Soares.
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA) – uma das entidades fundadoras do FST -, Artur Bueno de Camargo, avalia que “o Fórum tem composição eclética, mas estamos unidos porque temos uma pauta, cujo ponto central é a defesa das conquistas trabalhistas. É inaceitável que o capital queira resolver seus problemas agravando os nossos”.
Segundo Artur, o perfil de um eventual governo Temer está claro no documento “Uma ponte para o futuro” e em posições já manifestadas pelo grupo do vice-presidente. Ele critica: “Falam em congelar o aumento do salário mínimo, que ainda está muito abaixo do que prevê a Constituição e calcula o Dieese. Seria uma violência contra os trabalhadores”.
O sindicalista também questiona a prevalência do negociado sobre o legislado, proposto no chamado Plano Temer. Ele argumenta que “com recessão e desemprego em massa, os trabalhadores negociam em total desvantagem. Sem garantia de direitos e, principalmente, de emprego, a desregulamentação não tem cabimento”.
Portal Vermelho com Agência Sindical