Alexandre Padilha – Variante Ômicron: o que temos que fazer

Deputado Alexandre Padilha - Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados

O ex-ministro da Saúde e deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), em artigo publicado nesta quinta-feira (2), afirma que o surgimento da variante Ômicron, na África do Sul, é um alerta para o mundo. “Os governos que liberaram o uso de máscaras e estimulam a aglomerações deveriam ter mais responsabilidade e rever essas posições. Não é hora de relaxar, é hora de vacinar”.

O que preocupa na variante Ômicron, segundo o deputado, é que ela possui muitas mutações, o que não significa que seja a mais grave. “Na comunidade onde ela foi detectada, rapidamente se tornou a variante dominante, o que também não significa que ela será dominante no mundo inteiro, em locais com vacinação mais avançada”, explicou.

Ainda não temos 100% de certeza, mas é muito provável, que estar imunizado com as vacinas que temos pode não ser suficiente para impedir a infecção dessa nova variante mas pode ser suficiente para impedir casos mais graves.

Leia a íntegra do artigo:

 Variante Ômicron: o que temos que fazer

Tenho dito há algum tempo, e não tenho dúvidas sobre isso, que irão surgir variantes da Covid-19 resistentes às vacinas que o mundo está aplicando. Se isso acontecer daqui uma semana, um mês ou 10 anos, ninguém pode dizer. Mas, infelizmente, o mundo trabalha para que isso surja o mais rápido possível.

Por mais que a ciência tenha desenvolvido em pouco tempo vacinas eficazes contra a Covid-19, o mercado e a ganância pelo lucro aliada a incapacidade de governos, sobretudo das nações mais ricas, não fazem com que essas vacinas cheguem o mais rápido possível no braço de toda população mundial.

Apenas 6% da população, cerca de 1,2 bilhão de pessoas, do continente africano está totalmente vacinada. Ou seja, enquanto sobram vacinas em países com movimento anti-vacina, sobretudo na Europa e EUA, na África a situação é inversa, onde tem gente que quer se vacinar mas falta vacina.

Assim também ocorre no Brasil que, embora tenhamos avançado na cobertura vacinal graças a tradição do nosso Programa Nacional de Imunização (PNI) e do SUS, apesar de Bolsonaro, nós ainda não estamos vacinando crianças, que na minha avaliação é um erro e precisamos pressionar a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que conclua o mais rápido possível a avaliação porque vários países já as estão vacinando. E não vacinamos globalmente os adolescentes.

Só se supera pandemias ofertando mecanismos de proteção à população e acelerando a vacinação. Apresentei um Projeto de Lei (PL 5067/20) que cria  o Conselho Gestor do Programa Nacional de Imunizações e garante acesso da população a medicamentos e vacinas registrados pelo órgão sanitário responsável, de maneira mais eficiente.

O surgimento da variante Ômicron na África do Sul foi parecido com quando a variante Delta foi detectada na Índia. E vejam que contraditório: a Índia possui a maior fábrica de vacinas no mundo e não garante vacinas para o povo indiano.

O que preocupa na variante Ômicron é que ela possui muitas mutações, o que não significa que seja a mais grave. Na comunidade onde ela foi detectada, rapidamente se tornou a variante dominante, o que também não significa que ela será dominante no mundo inteiro, em locais com vacinação mais avançada.

É possível que a Ômicron seja resistente às vacinas atuais? É possível. É provável? Não. É muito provável que as vacinas continuem nos protegendo com relação a gravidade da doença.

Ainda não temos 100% de certeza, mas é muito provável, que estar imunizado com as vacinas que temos pode não ser suficiente para impedir a infecção dessa nova variante mas pode ser suficiente para impedir casos mais graves.

É um alerta para o mundo. Os governos que liberaram o uso de máscaras e estimulam a aglomerações deveriam ter mais responsabilidade e rever essas posições. Não é hora de relaxar, é hora de vacinar.

*Alexandre Padilha é médico, professor universitário e deputado federal (PT-SP). Foi Ministro da Coordenação Política de Lula e da Saúde de Dilma e Secretário de Saúde na gestão Fernando Haddad na cidade de SP.

 

 

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