Alexandre Padilha e Jorge Solla cobram ações mais efetivas do ministro da Saúde no combate ao coronavírus

Os deputados Alexandre Padilha (PT-SP) e Jorge Solla (PT-BA), cobraram do ministro da Saúde do governo Bolsonaro, Luís Henrique Mandetta, a adoção de medidas mais efetivas e emergenciais para enfrentar a proliferação do coronavírus (Covid-19) no País. Durante a Comissão Geral que discutiu as ações preventivas da vigilância sanitária e possíveis consequências para o Brasil no enfrentamento à pandemia, os dois parlamentares também deram várias sugestões ao ministro para reforçar o combate à doença.

O deputado Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde no governo Dilma Rousseff, disse ao ministro Mandetta que está preocupado com a evolução do coronavírus, principalmente com a proximidade do outono, daqui a 11 dias, e do inverno, daqui a 90 dias. Nesse período, segundo ele, pessoas em condição de vulnerabilidade – principalmente moradores de rua – estarão mais expostos. “Em São Paulo, por exemplo, a população de rua dobrou nos últimos anos, e em Belo Horizonte, chegou a triplicar, tudo devido à falta de emprego”, alertou.

Segundo Padilha, que também é médico, nos próximos meses a procura por atendimento médico pelo SUS deve crescer ainda mais por conta do coronavírus, algo que já estava ocorrendo nos últimos anos por conta do grande número de pessoas que deixaram de ter plano de saúde.

Ações emergenciais

O deputado Jorge Solla lembrou ao ministro da Saúde que a Comissão Externa do Coronavírus da Câmara, que acompanha as ações governamentais de combate à doença, aprovou requerimento que sugere ao Executivo a proibição de exportação e o tabelamento de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), como máscaras e álcool gel. “Temos casos em que caixa com 50 unidades, que eram vendidas a R$ 4,70, chegaram a R$ 160 reais. Um absurdo”, protestou Solla.

O parlamentar, que é médico, disse ainda ao ministro que outra medida necessária é a compra de mais equipamentos para UTIS de emergência. “Também temos a necessidade de criar mais leitos para atender pacientes críticos. Sem coronavírus já temos déficit, com o coronavírus o problema será ampliado”, ressaltou.

O parlamentar baiano ainda pediu ao ministro da Saúde que reforce as equipes de vigilância sanitária nos aeroportos. “Durante todo o período de Carnaval, até o dia 1º de março, o aeroporto de Salvador ficou sem equipe de plantão nos horários em que chegavam voos internacionais”, denunciou.

Já o deputado Padilha propôs a contratação emergencial de médicos, por meio do Programa Mais Médicos, para recompor as equipes do programa Saúde da Família que estão sem esses profissionais. Ele ainda sugeriu que a campanha de vacinação contra a gripe, que pode ajudar a identificar mais facilmente os casos de coronavírus e reduzir as filas nos hospitais, seja antecipado para pessoas a partir dos 55 anos de idade. Atualmente o limite mínimo de idade é de 60 anos.

 

Héber Carvalho

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