Presente no pilar de medidas institucionais do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) tem trabalhado para tornar o Estado mais eficiente, desburocratizado, com capacidade de planejamento e ativo no papel de indutor do crescimento. À frente da pasta, o vice-presidente Geraldo Alckmin avalia que a neoindustrialização, um dos vários componentes do programa, permitirá que o Brasil se posicione no contexto da nova economia verde e de transição energética em curso no planeta.
Alckmin tem destacado que a neoindustrialização passa pela inovação, pela sustentabilidade, pelas exportações, pelo crédito e pela desburocratização, fundamentais para o avanço do Novo PAC. O programa prevê investimentos, públicos e privados, de R$ 1,7 trilhão em todas unidades da federação, com foco no crescimento econômico, na sustentabilidade e na distribuição de renda, sobretudo por meio da geração de empregos, para a melhoria da qualidade de vida da população.
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Conheça algumas atribuições do MDIC no Novo PAC:
Com o objetivo de assegurar a desburocratização do Novo PAC, o Portal Único, coordenado pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC e pela Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB), funciona como um guichê para centralizar a interação entre o governo e os operadores privados atuantes no comércio exterior. Além do Portal Único, vários outros programas e ações do MDIC constam do Novo PAC.
Entre eles as contribuições para o aperfeiçoamento do ambiente regulatório e para a transição ecológica, a renovação do programa Rota 2030, a modernização do parque industrial pela depreciação acelerada, a estratégia BIM para redução dos custos de construção, entre outros.
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Alckmin falou sobre o Novo PAC ao participar, na terça-feira (15), do evento Powershoring e a Neoindustrialização verde do Brasil, uma realização do MDIC, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Corporação Andina de Fomento (CAF).
“A pergunta sempre foi onde é que eu fabrico bem e barato? Agora é onde fabrico bem, barato e consigo compensar as emissões de carbono? Aí, o Brasil é a grande alternativa. Nós vamos ter a grande oportunidade. Nós já somos o quinto país do mundo em atração de investimento direto. Isso pode crescer enormemente”, ressaltou Alckmin.
O Powershoring é uma estratégia empresarial de localização de plantas industriais e de produção em países com farta oferta de energias limpas, baratas, seguras e abundantes. É uma forma de atrair investimentos diretos estrangeiros a países da América Latina, especialmente o Brasil, neste processo global de crise climática e tensão geopolítica, onde é estratégico realocar complexos industriais para países que oferecem energias alternativas e limpas.
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Nesse contexto, Alckmin destacou as várias potencialidades do Brasil, seja na produção de biodiesel, etanol e hidrogênio verde, ou com credenciais em outras novas áreas, ligadas, por exemplo, a minerais estratégicos como o lítio.
“São muitas oportunidades de o Brasil fazer a diferença em energia limpa. Eu vou trocar o motor a combustão por uma bateria. E cadê o lítio? Está no Brasil. Fizemos a primeira exportação de lítio carbono zero pelo Porto de Vitória 15 dias atrás. Já demos o segundo passo: produzimos o carbonato de lítio. Só falta o mais difícil, que é a bateria. Mas temos aí enormes possibilidades”, ressaltou.
Neoindustrialização
Para Alckmin, avanços obtidos pelo governo até o momento — como o novo arcabouço fiscal e o andamento da reforma tributária — contribuem para a neoindustrialização do país e o crescimento econômico.
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Ele também tem reafirmado a importância da robusta participação do setor privado no Novo PAC. “Investimento público atrai investimento privado. E os países que mais investem são os em que o PIB mais cresce e que geram emprego e renda”, afirmou, durante a solenidade de lançamento do programa, realizada, no último dia 11, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
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