O advogado australiano Geoffrey Robertson, que representa o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Comitê dos Direitos Humanos da ONU, disse nesta quarta-feira (16) que as acusações contra Lula na Operação Lava-Jato são “ridículas”. Em uma coletiva de imprensa em Genebra, na Suíça, Robertson afirmou que não há evidências de que o ex-presidente tenha cometido qualquer crime e que o juiz Sérgio Moro já demonstrou sua parcialidade ao longo do processo.
Acompanhado dos advogados brasileiros de Lula, Robertson pretende entregar na quinta-feira (17) à ONU uma atualização do comunicado feito em julho. No documento, a defesa do ex-presidente afirma que a Justiça brasileira continua violando três artigos do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos da ONU, aceito pelo Brasil em 1992: proteção contra detenção arbitrária; o direito de presunção de inocência; e a proteção contra interferências arbitrárias ou ilegais na privacidade, família, lar ou correspondência.
“O mais extraordinário desse caso é que o juiz Moro está agindo desse jeito, dando dezenas de declarações em que diz que Lula é culpado, e, mesmo assim, ele será o juiz responsável pelo julgamento de Lula, que deve começar na semana que vem (com o depoimento de testemunhas). Isso é bizarro. Temos o dever de avisar a ONU de que o juiz Moro vai iniciar o julgamento e vai condenar Lula, obviamente”, afirmou Robertson.
Robertson disse que ” Lula fez o que Bill Clinton, Tony Blair, David Cameron fizeram. Eles fez palestras e foi pago por isso. Ele não cobra tanto quanto Clinton, mas cobra bastante. Pagou impostos, declarou. Mas também fez palestras para as companhias relacionadas à Lava-Jato. E eles tentam traçar essa relação.”. Para ele, “a acusação é ridícula.
Do site Tijolaço