Acuados pelo coronavírus, Bolsonaro e aliados cancelam manifestações

Na segunda-feira, presidente havia afirmado que a crise econômica, em decorrência do preço do petróleo e do covid-19, era “fantasia”.

Em pronunciamento na noite de quinta-feira (12), o presidente Jair Bolsonaro enalteceu “os movimentos espontâneos e legítimos marcados para o dia 15 de março”, mas disse que eles “precisam, no entanto, diante dos fatos recentes, ser repensados”, em função do alastramento do coronavírus. A fala oficial representou um recuo do mandatário diante da declaração que ele mesmo deu na segunda-feira (9), quando afirmou que a crise econômica, em decorrência do petróleo e do covid-19, era “uma fantasia”.

Ele justificou o pedido para seus apoiadores recuarem de realizar as manifestações pela “recomendação das autoridades sanitárias, para que evitemos grandes concentrações populares”. Acrescentou que “nossa saúde, e de nossos familiares, devem ser preservadas. O momento é de união, serenidade e bom senso”.

Ontem, a Organização Mundial de Saúde classificou a disseminação do vírus como uma pandemia, o que significa que se alastra por todos os continentes do planeta.  No discurso, ele afirmou que a atitude da OMS foi “responsável”. “O sistema de saúde brasileiro, como os demais países, tem um limite de pacientes que podem ser atendidos”, disse o presidente.

No entanto, em seu discurso de 93 segundos, ele admitiu seu apoio ao movimento, que, segundo líderes políticos no Congresso e juristas, foi pensado como uma tentativa de jogar a população contra o Legislativo e o Judiciário, em especial o Supremo Tribunal Federal.

Segundo o mandatário, os movimentos “demonstram o amadurecimento da nossa democracia presidencialista e são expressões evidentes de nossa liberdade”. “Não podemos esquecer, no entanto, que o Brasil mudou. O povo está atento e exige de nós respeito à Constituição e zelo pelo dinheiro público”, continuou. “Por isso as motivações da vontade popular continuam vivas e inabaláveis.”

“Impactos dramáticos”

Bolsonaro afirmou que “é provável que o número de infecção aumente nos próximos dias, sem, no entanto, ser motivo de qualquer pânico”.

Porém, analistas alertam para o fato de que os cortes orçamentários em verbas sociais promovidos pelo governo terão impactos significativos e mesmo “dramáticos” no combate ao covid-19 no país. É o caso da economista Laura Carvalho, professora da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP).

Para ela, o coronavírus não terá impactos apenas na economia brasileira. “Terá um custo social muito alto, em particular considerando, no Brasil, não só a falta de espaço para políticas anticíclicas, mas os cortes de gastos em programas sociais e no sistema da saúde pública. A gente tende a ver impactos bastante dramáticos dessa epidemia, que nos pega no pior cenário de governo possível”, disse a economista da USP.

Na quinta-feira, o jornal norte-americano The New York Times noticiou que o secretário de Comunicação da Presidência brasileira, Fábio Wajngarten, testou positivo para o covid-19. A preocupação atinge a Casa Branca. Esta semana, Wajngarten acompanhou Bolsonaro em visita oficial ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Por Rede Brasil Atual

 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100