O décimo terceiro dia de ato extremo em Brasília foi marcado por uma manifestação diferente. Nas primeiras horas da manhã deste domingo (12), o grupo se instalou em frente à residência do ministro do Supremo Tribunal de Justiça, Edson Fachin, na Asa Norte da capital federal, para pedir justiça a Lula e ao povo pobre.
O frei franciscano Wilson Zanatta comandou um ato inter-religioso com a presença dos sete grevistas quer fazem greve de fome. Acompanhando desde ontem os ativistas, o líder do MST João Pedro Stédile também fez um aparte. “Nós viemos aqui chamar atenção, eles não podem dormir enquanto houver injustiça no Brasil. Para eles saberem que o povo não vai descansar enquanto não libertarmos Lula e todos os injustiçados no Brasil.” Na sequência, todos os participantes gritaram em coro: “Acorda, Fachin! A justiça bateu na sua porta!”.
A grevista Rafaela Alves, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), pediu a palavra para mandar um recado especial ao ministro Fachin. “O que nos separa aqui de Fachin são muros extremos, absurdos, de classes totalmente diferentes. Me pergunto como o evangelho é tão lido, mas tão pouco compreendido por tanta gente. Quero pedir a Fachin que releia o evangelho, porque há muita gente morrendo por falta de pão, e outros com a mesa tão farta. Que ele busque entender a realidade dos índios, dos quilombos, dos camponeses, dos desempregados”.
Jaime Amorim, Vilmar Pacífico, Zonália Santos, Rafaela Alves, Frei Sergio Görgen, Luiz Gonzaga (Gegê) completam hoje (12) treze dias sem comer. O integrante da Frente Brasil popular Leonardo Soares está em jejum há seis dias.
Da Agência PT de Notícias, com informações de MPA e Rede Brasil Atual