Ação da OAB que pede proibição de doações empresariais a campanhas é repudiada pela mídia e elogiada por petistas

nazareno-margarida-drrosinha-arturbruno-bohngass

A partir da última sexta-feira (13), um dia após quatro ministros se declararem favoráveis à ação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que pede o fim das doações empresariais a campanhas políticas, toda a grande mídia, de forma praticamente unânime, atacou duramente o Supremo Tribunal Federal (STF), já prevendo o resultado final do julgamento, que deve ser concluído apenas no próximo ano.

O jornal “O Globo” foi o mais feroz no ataque. No editorial “Equívocos sobre o financiamento de campanha”, publicado na sexta, disse que proibir a contribuição de empresas “é o mesmo que investir quixotescamente contra moinhos de vento” porque o dinheiro vai “continuar a fluir” na forma de “caixa dois”.

Na Câmara, inúmeros parlamentares da bancada petista elogiaram os votos já proferidos, tanto no mérito quanto à legitimidade da ação da OAB e do julgamento do STF, mas vários ressaltaram que a reforma política deveria ter sido realizada pelo Congresso Nacional.

O deputado Nazareno Fonteles (PT-PI) enfatizou que “o papel do Supremo é, exatamente, como legislador, negativo: corrigir leis ordinárias quando contradizem a Constituição” e disse que o poder econômico “sequestra” a vontade popular. “Eu faço uma torcida sincera para que o Supremo corrija o que esta Casa fez errado na década de 90: proibir a contribuição de empresa para as campanhas”, destacou Fonteles, autor da PEC 33, que altera algumas regras relativas ao controle da constitucionalidade por parte do STF.

Para a deputada Margarida Salomão (PT-MG), o julgamento do STF é uma “grande oportunidade” para toda a mídia que reclama e cobra uma ética pública mais refinada, além de estar sintonizado com a vontade da sociedade. “O povo brasileiro não quer que agentes econômicos desequilibrem a vontade da expressão popular, conforme demonstram todas as pesquisas de opinião. O Supremo está cumprindo o seu papel de interpretar a Constituição e, a nosso ver, a favor da sociedade. Lamento que a maior parte da mídia esteja tão alinhada com os grandes interesses econômicos e por isso não saúde como uma refundação republicana esta iminente decisão do Supremo”, disse Margarida.

O comportamento de parte da mídia “como partido político”, para o deputado Dr. Rosinha (PT-PR), “não é de agora” e esse julgamento explicita ainda mais a posição. “No caso do debate sobre o financiamento eleitoral, ela tem o mesmo comportamento de partido e defende o financiamento privado. Como empresas, os veículos da grande mídia podem escolher os seus candidatos e políticos preferidos para apoiar, inclusive financeiramente”, afirma Rosinha, lembrando que a Editora Abril financiou inúmeros candidatos do PSDB – partido contrária ao financiamento público de campanhas – ao longo das últimas eleições.

O deputado Artur Bruno (PT-PR) lamenta que “em vez de reconhecer o mérito, a mídia apenas explicite o seu conluio com os grupos empresariais que desejam comandar o Brasil” e por isso estão incomodados com a ação da OAB. “A grande mídia, mais uma vez, mostra que defende os interesses dos grandes grupos econômicos, que querem manter sua influência sobre as decisões do Legislativo e do Executivo. O PT luta pelo financiamento público de campanha e por isso vemos com bons olhos esse julgamento do STF, que vai ao encontro dos anseios da sociedade”, declarou o parlamentar cearense.

O deputado Bohn Gass (PT-RS) lamentou o fato de que o Parlamento foi incapaz de “oferecer uma resposta à demanda da sociedade por eleições limpas e justas”, mas ressaltou que a OAB agiu corretamente. “O Supremo Tribunal Federal fez, mais uma vez, o trabalho que deveria ter sido feito nesta Casa. Neste movimento, a OAB agiu bem. Não é mais possível aceitar que a democracia, neste País, seja financiada pelas corporações ricas ao invés de ser financiada pela cidadania”, disse o parlamentar gaúcho na tribuna, que rechaçou a minirreforma eleitoral que está sendo debatida na Câmara.

Para o deputado Fernando Ferro (PT-PE), “o Supremo toma iniciativa por inoperância desta Casa” e tratou como “arremedo de reforma” a minirreforma eleitoral em discussão. “A reforma que se faz, através do Supremo Tribunal Federal, tem o mérito de divulgar para a população o peso do poder econômico na política, mas ao mesmo tempo promove um debate sobre uma reforma política eleitoral, que esta Casa não teve coragem de fazer”, afirmou Ferro.

A ação da OAB é apoiada pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), entidade que elaborou e mobilizou a sociedade pela aprovação da Lei da Ficha Limpa.

Já votaram a favor do pedido da OAB os ministros Luiz Fux (relator), Joaquim Barbosa, Luis Roberto Barroso e Dias Toffoli. O ministro Teori Zavascki pediu vistas e suspendeu o julgamento, que deve ser retomado apenas em 2014.

Rogério Tomaz Jr.

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100