Abicalil e CNBB manifestam repúdio à campanha caluniosa de criminalizar o PT

abicalil_janinemoraesO deputado Carlos Abicalil (PT-MT) participou de audiência na quinta-feira (7), com o assessor político da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil), Pe. José Ernanne Pinheiro, em Brasília.

No encontro, Abicalil e o Pe Ernanne trataram da mobilização de leigos católicos contrários à campanha caluniosa e difamatória disseminada por grupos religiosos encarregados de criminalizar o PT e os petistas.

A Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP), organismo da CNBB, confeccionou e publicou carta na quarta-feira (6), em que manifesta notória preocupação com o momento político na sua relação com a religião. Segundo o documento, “muitos grupos, em nome da fé cristã, têm criado dificuldades para o voto livre e consciente”.

A carta enfatiza a posição da CNBB em defender a livre escolha dos eleitores.”Constrangem nossa consciência cidadã, como cristãos, atos, gestos e discursos que ferem a maturidade da democracia, desrespeitam o direito de livre decisão, confundindo os cristãos e comprometendo a comunhão eclesial”, destaca trecho do documento.

Para Abicalil, à campanha caluniosa e difamatória disseminada por grupos religiosos encarregados de criminalizar o PT e os petistas tem nítido interesse de confundir o povo de Deus e ocultar seus vínculos de adesão à candidatura conservadora tucana.

“Multiplicam-se as manifestações de teólogos, autoridades, movimentos, leigos e religiosos, como as manifestações da CBJP. Certamente outras manifestações de pastorais sociais, bispos, leigos, religiosos, comunidades preocupadas com a justiça social e a defesa da vida e comprometidas com a mudança e a superação da miséria e da fome, que viemos construindo com a sociedade no governo Lula, também serão disseminadas, prevalecendo à verdade”, disse.

Denúncia – A jornalista Maria Inês Nassif do jornal Valor Econômico publicou matéria em que denuncia bispos e padres de praticarem proselitismo político contra a candidata Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores, no dia 3 de outubro, quando houve o primeiro turno das eleições presidenciais no Brasil.

Segundo a denúncia, presbíteros e bispos do Regional Sul 1 da CNBB induziram os fiéis a crerem que o panfleto daquela regional representava o pensamento da entidade nacional.

O texto foi distribuído à saída das missas. Os presbíteros e bispos se valeram da condição de religiosos e divulgaram panfletos contra a candidata do PT em local público, argumentando que as propostas de Dilma Rousseff seriam contrárias aos “valores cristãos”.

Apesar do desmentido da CNBB nacional, o documento foi distribuído em diversas igrejas de São Paulo, causando, segundo a opinião de analistas e da maioria dos meios de comunicação, um considerável prejuízo às candidaturas do PT. Em Mato Grosso, muitas igrejas reproduziram o mesmo procedimento.

Leia na íntegra a carta da CBJP:

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