A resistência em Curitiba vai continuar até a liberdade de Lula, afirma Gleisi

Aos gritos de “ocupar e resistir” e “somos todos Lula”, uma multidão que participa do ato nesta tarde (8) no acampamento Lula Livre, em Curitiba, ouviu da presidenta nacional do PT, Senadora Gleisi Hoffmann (PR), que a resistência vai continuar. “Quero dizer que não vamos sair daqui enquanto Lula não sair”.

Em seguida, em coletiva à imprensa, Gleisi afirmou que “é injustificável” o que aconteceu em Curitiba ontem. “A violência da polícia contra uma manifestação pacífica foi uma barbaridade injustificável”. Ela frisou que do outro lado (a turma contrária a Lula) houve até fogos de artifício contra o helicóptero que trazia o ex-presidente e nada foi feito. E reafirmou que a prisão de Lula é política. “Lula é o primeiro preso político brasileiro desde a Constituição de 1988 e, por isso, vamos ficar aqui, em vigília política e cívica, enquanto ele estiver aqui”, afirmou.

Gleisi Hoffmann lamentou o fato de o judiciário brasileiro ter lado. “Por isso, estamos protestando. Respeitamos a decisão do presidente Lula de cumprir a ordem de prisão injusta e ilegal, mas a nossa expectativa é a de que na próxima quarta-feira (11) o Supremo Tribunal Federal atue de forma isenta e imparcial e coloque em julgamento a ação sobre a prisão em segunda instância”. A senadora disse ainda que será a grande oportunidade para que a ministra Rosa Weber mantenha a sua afirmação de rever o seu voto sobre o tema.

A presidenta do PT disse ainda que não é só este o caminho a percorrer pela liberdade de Lula, e citou, como exemplo, a Corte Internacional de Direitos Humanos da ONU. “Vamos lutar politicamente até reverter essa prisão”, assegurou. Ela disse ainda que estão indo para Curitiba caravanas do Brasil inteiro para reforçar a solidariedade a Lula.

 Visitas – Também estão previstas visitas de lideranças políticas nacionais e internacionais a Lula, em Curitiba. Gleisi informou que os governadores do Nordeste já manifestaram a intenção de se encontrar com o ex-presidente nesta semana. Haverá ainda visitas de deputados e senadores, além de encontro com as comissões de direitos humanos da Câmara e do Senado. “São muitos que querem manifestar solidariedade a Lula, e não são apenas lideranças e políticos da esquerda, isso pelo que Lula representa, pelo que o presidente fez pelo Brasil”, afirmou.

Gleisi Hoffmann informou também que já solicitou uma sindicância administrativa sobre a violência ocorrida no domingo e que negociou com a Polícia Militar do Paraná sobre a permanência do acampamento nas proximidades da sede da Polícia Federal, onde Lula está. “Estamos negociando, eles nos ofereceram um parque, longe daqui, mas nós já afirmamos que não aceitamos, vamos ficar aqui”, enfatizou.

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, também foi procurado pela presidenta nacional do PT. “Ele afirmou que vai garantir a nossa segurança e reconheceu que temos o direito a manifestação”, informou.

Questionada sobre a violência contra a imprensa, Gleisi disse é contra qualquer violência. “Sou contra qualquer violência, inclusive da imprensa contra nós ou vice e versa”. Ela lembrou que cresceu o ódio e a intolerância desde o impeachment da presidenta Dilma. “E a imprensa colaborou muito com isso”, frisou.

Sonho – Gleisi encerrou afirmando que os militantes que estão em Curitiba estavam assumindo aquilo que Lula pediu no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC: “Somos todos Lula, o seu sonho não está aprisionado, o povo fala por ele, o povo anda por ele. Essa é a nossa campanha que já está se espalhando pelo Brasil”.

Além de Gleisi Hoffmann, participaram do ato no acampamento Lula Live os deputados Pedro Uczai (PT-SC), Marco Maia (PT-RS), Patrus Ananias (PT-MG) e o senador Lindbergh Faria (PT-RJ).

 

Vânia Rodrigues

 

 

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