A escalada da violência política contra a Oposição no Brasil

Site do PT

Estimulados pelo discurso de ódio de Bolsonaro, apoiadores, milicianos e terroristas agem praticamente impunes no país;

O assassinato do companheiro Marcelo Arruda neste fim de semana em Foz Iguaçu (PR) é o mais recente episódio da escalada de violência política que Bolsonaro sempre incentivou em sua carreira pública, que começou com um plano para explodir o gasômetro do Rio, em 1988. A extrema direita vem semeando o ódio e cometendo sucessivamente ameaças, agressões, assassinatos e atentados contra a oposição.

A seguir, uma cronologia dos atentados da extrema-direita e um balanço da Comissão criada pelo PT para denunciar a violência política no país.

DE MARIELLE A MARCELO, A ESCALADA DE VIOLÊNCIA   

14 de março de 2018 – Marielle e Anderson executados a tiros no Rio

Vereadora do PSOL, Marielle Franco é morta a tiros na Região Central do Rio | Rio de Janeiro | G1 (globo.com)

27 de março de 2018 – Tiros contra a caravana de Lula no Paraná

Ônibus da caravana de Lula no sul do país são alvos de tiros – Jornal O Globo

3 de setembro de 2018 – “Vamos fuzilar a petralhada”, comanda Bolsonaro em Rio Branco (AC)

Set/2018: “Vamos fuzilar a petralhada”, diz Bolsonaro em campanha no Acre | Exame

7 de outubro de 2018 – No dia do primeiro turno das eleições, bolsonaritas atropelam o cineasta Guilherme Daldin, em Curitiba; a cantora trans Juliana Iguaçu foi agredida na cabeça. Pelo menos 50 casos de violência foram registrados nos dez dias anteriores em todo o país, segundo levantamento da Agência Pública e Open Knowledge.

Apoiadores de Bolsonaro realizaram 50 agressões no início de outubro | Exame

8 de outubro de 2018 – Bolsonarista assassinou com 12 facadas o capoeirista Mestre Moa do Katendê em Salvador, um dia depois.

Mestre Moa do Katendê: O triste e covarde fim de um capoeira. | Portal Capoeira

8 de outubro de 2018 – Bolsonaristas agridem e tatuam suástica no corpo de mulher de 19 anos em Porto Alegre

Apoiadores de Bolsonaro desenham suástica com canivete no corpo de mulher (pragmatismopolitico.com.br)

10 de outubro de 2018 – Dez bolsonaristas armados atacam a Casa do Estudante na Universidade Federal do Paraná, em Curitiba

Morte, ameaças e intimidação: o discurso de Bolsonaro inflama radicais | Brasil | EL PAÍS Brasil (elpais.com)

28 de novembro de 2019 – Bolsonarista assassina idoso a socos e pontapés em Balneário Camboriú (SC)

Bolsonarista mata idoso a socos e pontapés por divergência política – Portal do Norte

15 de outubro de 2021 – Bolsonarista armado ameaça radialista Jerry Oliveira em Campinas

https://revistaforum.com.br/brasil/2021/10/15/policia-diz-que-investiga-caso-de-radialista-ameaado-por-bolsonarista-armado-em-campinas-sp-104762.html

7 de setembro de 2021 – Grupo de bolsonaristas armados atacou e tentou invadir acampamento indígena em Brasília

https://www.correiobraziliense.com.br/cidades-df/2021/09/4948113-homens-armados-tentam-invadir-acampamento-indigena-no-eixo-monumental.html

15 de junho de 2022 – Drone pilotado por bolsonaristas lança veneno sobre o público que aguardava ato com Lula em Uberlândia.

Lula e Kalil: drone atira fezes e urina em público de Uberlândia – Politica – Estado de Minas

5 a 7 de julho de 2022 – Três episódios de violência política em sequência: tiro na redação da Folha de S. Paulo; ataque com fezes e ovos ao carro juiz que determinou prisão do ex-ministro bolsonarista; bomba lançada contra o ato público de Lula na Cinelândia.

Tiro, fezes, bombas caseiras (estadao.com.br)

7 e 8 de julho de 2022 – Em pronunciamentos, Bolsnaro volta a incitar apoiadores a ações violentas contra partidos e militantes e de esquerda.

Bolsonaro aposta em atos de violência, na campanha contra Lula (correiodobrasil.com.br)

10 de julho de 2022 – Bolsonarista invade festa de aniversário assassina dirigente petista em Foz do Iguaçu (PR)

VIOLÊNCIA E AMEAÇAS DO BOLSONARISMO CONTRA JORNALISTAS, MULHERES, NEGROS E LGBT

27 de janeiro de 2022 – Relatório da Fenaj aponta Bolsonaro como autor ou incentivador de 175 ataques contra jornalistas no Brasil

https://www.correiobraziliense.com.br/brasil/2022/01/4980657-relatorio-da-fenaj-aponta-bolsonaro-como-principal-agressor-de-jornalistas.html

13 de dezembro de 2021 – Equipe da TV Bahia é agredida por seguranças e apoiadores de Bolsonaro em Salvador

https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2021/12/13/equipe-da-tv-bahia-e-agredida-por-segurancas-e-apoiadores-de-bolsonaro.ghtml

17 de maio de 2022 – Deputado Bolsonarista agride vereadora trans no Rio de Janeiro

MP denuncia deputado bolsonarista por violência de gênero; entenda | VEJA (abril.com.br)

14 de junho de 2022 – Deputado bolsonarista ameaça deputada do PSOL em Pernambuco

https://www.brasildefato.com.br/2022/06/14/codeputada-do-psol-processa-deputado-bolsonarista-por-violencia-politica-de-genero-em-pe

O relatório “Violência Política e Eleitoral no Brasil (2020)” [2] elaborado pela Terra de Direitos e Justiça Global, mapeou 327 casos de violência política entre 1º de janeiro de 2016 e 1º de setembro de 2020. Foram registrados 125 assassinatos e atentados, 85 ameaças, 33 agressões, 59 ofensas, 21 invasões e quatro casos de prisão ou tentativa de detenção de agentes políticos, pré-candidatos, candidatos ou eleitos. A atualização da pesquisa, realizada entre 2 de setembro e 29 de novembro de 2020, relata 109 casos de violência política e eleitoral, sendo 14 assassinatos, 66 atentados e 29 agressões, ameaças e invasões.

De acordo com a pesquisa, houve um aumento dos atos violentos contra a vida nos últimos anos. De 19 assassinatos e atentados mapeados em 2017, passou-se para 32 em 2019. Em 2020, até 29 de novembro, registrou-se um trágico recorde: 107 casos de assassinatos e atentados contra agentes políticos, um número cinco vezes maior do que o quantitativo de 2017. A pesquisa mostra que a maior incidência de assassinatos e atentados se deu na esfera municipal, com 87% dos casos.

A pesquisa “A Violência Política Contra as Mulheres Negras (2020)”, elaborada pelo Instituto Marielle Franco, Justiça Global e Terra de Direitos, entrevistou mulheres negras que foram candidatas e mostrou que, entre as participantes, 42% relataram ter sofrido algum tipo de violência. Entre elas, 13,3% receberam ameaças de morte durante o período de pré-campanha ou campanha eleitoral.

Leia aqui o balanço da Comissão sobre Violência Política criada pelo PT:

MEMORIAL casos violencia politica (pt.org.br)

“Cobramos das autoridades de segurança pública medidas efetivas de prevenção e combate à violência política, e alertamos ao Tribunal Superior Eleitoral e ao Supremo Tribunal Federal para que coíbam firmemente toda e qualquer situação que alimente um clima de disputa violenta fora dos marcos da democracia e da civilidade. Iniciativas nesse sentido foram devidamente apontadas pelo PT em várias oportunidades, junto ao Congresso Nacional, o Ministério Público e o Poder Judiciário.” – afirma nota divulgada pelo PT neste domingo (10).

Da Redação da Agência PT

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