Em pronunciamento, no plenário, nesta sexta-feira (20), o deputado Padre João (PT-MG) ressaltou a participação de milhares de trabalhadores sem-terra nas audiências públicas da Câmara durante a semana e na visita a diversos Ministérios e ao Supremo Tribunal Federal. Na avaliação do deputado, “a luta desses trabalhadores é justa, e a função social da terra deve ser garantida pelos agentes políticos”.
Ao destacar as injustiças históricas com indígenas, negros e sem-terra, Padre João ressaltou a funcionalidade destrutiva do latifúndio, que, segundo ele, compromete o meio ambiente e tudo aquilo que, de fato, garante a vida para o povo, que são as águas e as matas. “Está aí o grande imbróglio com o Código Florestal. Percebemos que ainda falta responsabilidade com a natureza para que, nas próximas gerações, tenhamos terras férteis e água que garanta a produção de alimento”, disse.
No seu discurso, o deputado parabenizou o governo Dilma Rousseff pela realização de seminário com os atingidos por barragens. “É o governo unido aos movimentos sociais, discutindo um novo modelo energético, já que o modelo atual é injusto e aprofunda as injustiças. A presença dos movimentos sociais em Brasília garante um novo modelo para a agricultura”, afirmou. O petista registrou ainda, a realização dos seminários promovidos pela Anvisa, Contag e Fiocruz sobre agrotóxicos.
O parlamentar reconheceu também os avanços nos governos do ex-presidente Lula e da presidenta Dilma e cobrou maior contribuição do Parlamento na promoção de novas conquistas para a população mais pobre. “Precisamos avançar, sobretudo, nas reformas agrárias e política. A política é o alicerce para as demais reformas, inclusive, a tributária. Se conseguíssemos avançar no financiamento público de campanha, já resolveríamos grande parte dos problemas, garantiríamos a verdadeira democracia, e o comprometimento dos deputados e deputadas com o povo e não com a minoria que domina o capital e financia campanhas”, destacou o petista.
Ivana Figueiredo
