Os deputados Luiz Couto (PT-PB) e Nelson Pellegrino (PT-BA) registraram, no plenário da Câmara, a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai investigar a relação do bicheiro Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados.
Couto apelou aos parlamentares para que aprovem projetos, em tramitação na Casa, que combatem a corrupção. Já Pellegrino alertou que, dessa vez, o Congresso precisa aproveitar a oportunidade para investigar crimes relacionados aos jogos de azar.
“Há grande resistência contra esse importante projeto, que visa impedir o surgimento de outros ‘Cachoeiras’, ‘Cataratas’, e ‘Chuveiros da vida’, de modo que tenhamos que fazer múltiplas CPIs”, defendeu Luiz Couto.
Entre as proposições de combate a corrupção que tramitam na Câmara, o deputado Luiz Couto destacou a PEC 422/05, que cria varas especializadas nos Estados para julgar crimes de corrupção, e o projeto de lei (PL 6.826/10), que pune pessoas jurídicas por atos contra a administração pública.
Sobre este último projeto, o parlamentar disse que ele contribui para reduzir os casos de corrupção no país. Segundo o deputado, tanto a PEC 422/05, quanto o PL 6.826/10, estão prontos para serem votados. Porém, Couto lamentou o pedido de vista ao parecer do relator da matéria, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), que impediu a aprovação do projeto nesta semana.
CPMI- O deputado Nelson Pellegrino destacou que o Congresso precisa aproveitar a chance de investigar os jogos ilegais no País. “Este Congresso tem agora uma oportunidade que foi negada lá atrás, quando o Senado realizou uma CPI para apurar os bingos, e não apurou nada. A CPI foi ao ‘fim do mundo’, atirou para todo lado, só não apurou os jogos de bingo e do bicho”, recordou.
Segundo ele, se o Senado tivesse feito à lição de casa naquela época, “talvez agora o Brasil não estivesse vivendo esta situação”.
Apesar da reprimenda, o petista disse acreditar que desta vez o parlamento brasileiro “fará a lição de casa”, apurando todas as responsabilidades e encaminhando o resultado aos órgãos competentes.
Héber Carvalho