A Liderança do Partido dos Trabalhadores na Câmara recebeu nesta quarta-feira (8) representantes de diversos movimentos sociais e partidos políticos para debater o conjunto de ações que marcarão o grande ato de registro da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República, no próximo dia 15, em Brasília. Nesse dia, segundo representantes das entidades presentes na reunião, a coragem e a esperança terão como destino a capital federal, onde milhares de brasileiros irão reforçar o direito legal de Lula ser candidato para fazer o Brasil feliz de novo.
O encontro foi conduzido pelo líder da Bancada do PT, deputado Paulo Lula Pimenta (PT-RS), e pelo coordenador do Núcleo Agrário da bancada petista, Nilto Tatto (PT-SP). “É a primeira vez na história do País que você vê um processo de mobilização social, em que o povo, os movimentos sociais, a sociedade civil organizada e vários partidos políticos – mesmo aqueles que tem candidatura própria – se organizam e se solidarizam para exigir a liberdade do presidente Lula e garantir que ele participe do processo eleitoral”, disse Nilto Tatto.
Para o deputado, esse momento é simbólico na medida em que a população brasileira vem assistindo à derrocada do País em várias áreas. Ele lembrou também que o povo acompanha estarrecido o papel que o Poder Judiciário vem desempenhando na disputa política e partidária que se desenrola com pleito eleitoral.
“Parte do setor Judiciário vem fazendo política partidária, tentando de tudo para impedir que o presidente Lula participe do processo eleitoral. E todos nós sabemos que democracia é aquela em que a vontade do povo se expresse, e a vontade do povo é que o presidente Lula participe da eleição. É preciso ouvir o clamor do povo que quer Lula presidente da República”, conclamou o deputado Nilto Tatto.
Força de lutar – Em um discurso emocionante, o representante do Movimento de Pequenos Agricultores (MPA), Bruno Pilon, disse que a esperança que os move não é aquela de esperar, mas é aquela de lutar, de conquistar. “É essa esperança que faz com que as pessoas se privem de se alimentar, que faz as pessoas caminharem de chinelo em cima de asfalto quente, que faz a gente lutar pela liberdade do Lula e pelo direito de ele se candidatar”, disse emocionado Bruno Pilon.
Para ele, as organizações sociais vivem um momento único de suas histórias. Disse que as mobilizações são uma fogueira alimentada com muita lenha. “A lenha da marcha, da greve de fome, da luta jurídica, da luta parlamentar e dos militantes. É essa coragem e esperança que vão resgatar o bom, o justo. Trazer de volta o melhor do mundo, que é o nosso direito de viver e de se manifestar de forma democrática e popular”, elencou o representante do MPA.
Alexandre Conceição, que falou em nome do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, explicou que a marcha faz parte de um conjunto de mobilizações que já vêm ocorrendo. Ele reforçou também ela ocorre em defesa da democracia e por Lula Livre. “A marcha não é dos camponeses, dos Sem Terra. Ela é do povo brasileiro para lutar contra o retrocesso, a volta da fome, da miséria e da violência”, afirmou.
“É o conjunto dessas forças progressista do País que vai marchar e lutar por Lula livre e pelo direito de ele ser candidato nas próximas eleições. O Lula representa a esperança e o anseio do povo brasileiro nessas eleições. Eleição sem lula é uma eleição sem povo, sem projeto popular”, acrescentou.
Participaram da reunião, representantes do MST, MPA, Levante Popular da Juventude, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), além dos representantes do PT, PCdoB e PSB.
Benildes Rodrigues