A iniciativa partiu da deputada Erika Kokay (PT-DF), que defendeu os direitos das pessoas com Down em seu pronunciamento. “Estas pessoas enfrentam cotidianamente o preconceito e não são encaradas na sua plenitude, mas é a condição humana que assegura os nossos direitos e não os cromossomos que carregamos”, disse a parlamentar.
Erika falou sobre os avanços e conquistas em matérias de direitos sociais das pessoas com Down e enalteceu o papel das famílias para que isso seja possível. “Há vinte anos, apenas 20% das pessoas com Down estava na escola e hoje avançamos para 75% de presença nas escolas. E antes da inclusão escolar, da inclusão social, é a inclusão familiar que possibilita tantos avanços para as pessoas com Síndrome de Down. São pais e mães que fazem das suas vidas a condição para que estas pessoas possam negar todo o preconceito e todas as limitações que impõem contra elas”, ressaltou Erika.
A deputada também é a favor do ciclo de debates para discutir o Benefício de Prestação Continuada (BPC) para pessoas com Síndrome de Down. Ela quer um BPC mais flexível, com renda per capita mais alta, equiparada à atual situação financeira dos brasileiros, além da possibilidade de, caso o beneficiário optar por não receber o beneficio para trabalhar, poder voltar a recebê-lo no caso de demissão.
A Síndrome de Down não é uma doença, mas uma ocorrência genética natural que no Brasil acontece em um a cada 700 nascimentos e está presente em todas as raças. Por motivos ainda desconhecidos, durante a gestação as células do embrião são formadas com 47 cromossomos no lugar dos 46 que se formam normalmente.
Há 60 anos a expectativa de vida de uma pessoa com Down era entre 12 e 15 anos. Atualmente, é comum pessoas com a Síndrome chegarem aos 70 anos.
Rogério Tomaz Jr. com assessoria parlamentar