O deputado José Guimarães (PT-CE), em discurso na tribuna da Câmara, nesta terça-feira (27), apresentou um balanço das obras de integração do rio São Francisco com bacias hidrográficas do Nordeste, um dos principais projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na região.
“Trata-se de uma obra prometida há décadas e finalmente iniciada no governo do presidente Lula, que visa atender 12 milhões de pessoas em mais de 390 municípios do agreste e do sertão dos estados mais vulneráveis à seca: Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte”, lembrou Guimarães.
O parlamentar, que é vice-líder do governo na Câmara, lembrou que o projeto se divide em dois grandes eixos: norte e leste. O eixo norte, a partir da captação do rio São Francisco na cidade de Cabrobó (PE), percorrerá 402 quilômetros de canal, conduzindo água aos rios Salgado e Jaguaribe, no Ceará; Apodi, no Rio Grande do Norte, e Piranhas-Açu na Paraíba e no Rio Grande do Norte. O eixo leste levará a água captada na barragem Itaparica, em Floresta (PE), em direção à Paraíba e a grande parte do agreste pernambucano.
“O conjunto da obra tem 16 lotes que abrangem o eixo norte e o eixo leste. No eixo norte, que leva água para o Ceará, temos 19% das suas obras em execução. Do eixo leste, temos a execução de 48% das suas obras físicas, ou seja, as obras de canal”, informou o deputado.
Em seu discurso, Guimarães também informou que o investimento total no projeto somará mais de oito bilhões de reais e desmentiu informações divulgadas pela imprensa que falavam em paralisação das obras.
“Não procede a informação dada pela imprensa de que as obras estão paralisadas. [Apenas] Três lotes estão paralisados em razão dos ajustes e do acompanhamento que o Ministério da Integração Nacional vem desenvolvendo juntamente com o Tribunal de Contas da União. Não procede, em segundo lugar, a informação de que os operários que iniciaram o trabalho na obra já foram demitidos. Muito pelo contrário, o projeto atualmente tem 3.500 pessoas trabalhando e, até o final do ano, chegará a ter 6.500 trabalhadores envolvidos”, afirmou.
“É uma obra hídrica de dimensão nacional, e o nosso Governo está fazendo aquilo que precisa ser feito para dar velocidade e celeridade a essas obras tão vitais para o crescimento e para o desenvolvimento socioambiental do Nordeste”, concluiu Guimarães.
Rogério Tomaz Jr.
