O futuro passa pelos semicondutores – Ronaldo Zulke*

ronaldozulkeNa sociedade moderna “tudo que é sólido desmancha no ar”, graças às constantes inovações tecnológicas que revolucionam a produção industrial. Dominar as novas tecnologias é um pré-requisito para garantir a competitividade no mercado nacional e internacional, em tempos de globalização. No Vale dos Sinos, precisamos qualificar e revalorizar os setores calçadista e metalúrgico com a incorporação de tecnologias de ponta, bem como diversificar ainda mais nossa matriz produtiva com base na alta tecnologia. Neste contexto, o Parque Tecnológico da UNISINOS cumpre um papel fundamental, estratégico.

A luta que travamos, agora, é para agregar ao parque da universidade um Instituto de Semicondutores em parceria com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado, do Centro Nacional de Tecnologia e Inovação – CIENTEC.

O referido instituto cumprirá um papel fundamental para o Rio Grande do Sul e para o Brasil por articular a cadeia produtiva da indústria de microeletrônica, que gera chips e as condições de seu encapsulamento. Em um primeiro momento, sua atuação se concentrará na capacitação e na formação da mão de obra. Semicondutores são materiais essenciais para a confecção dos componentes da indústria eletrônica, que alavancam o desenvolvimento das novas tecnologias. Não há exagero em dizer que o futuro do estado e do país, a possibilidade de geração de empregos e renda para as gerações vindouras, passa pelos semicondutores.

Temos enfrentado a contento os efeitos da crise que eclodiu nos EUA e alastrou-se pelo Velho Continente, provocada pela “bolha imobiliária” que resultou da total desregulamentação do capital financeiro, como mandava a cartilha do neoliberalismo. Agora, diante do que a presidenta Dilma classificou como um “tsunami monetário” (empréstimo, a partir de 2008, dos bancos centrais europeus no valor estimado de US$ 5 trilhões para o sistema bancário, cuja irracional movimentação em busca de lucro fácil pode ter consequências desastrosas para a economia mundial), desenvolvemos uma luta árdua para proteger os produtos locais da competição global com medidas monetárias e comerciais e com uma providencial redução das taxas de juros.

Investir em infraestrutura e estimular o desenvolvimento da alta tecnologia é parte, igualmente, dos procedimentos para assegurar que o Brasil continue navegando em águas seguras. Sentimos um enorme orgulho de participar deste esforço coletivo visando à realização dos ideais de uma nação soberana, a partir de São Leopoldo: hoje, uma cidade de vanguarda.

Ronaldo Zulke é deputado federal (PT)
Artigo originalmente publicado no portal Sul21 (http://sul21.com.br)

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