Praciano defende importância estratégica da Amazônia e diz que região está “à margem”

praciano0503Em pronunciamento na Câmara dos Deputados na última semana, o deputado Francisco Praciano (PT-AM) afirmou que a Amazônia tem ficado à margem do “extraordinário avanço econômico e social” que o País conquistou no governo Lula e que continua conquistando no governo Dilma Rousseff.

Para ele, a Amazônia ainda não foi entendida pela sociedade brasileira como uma região estratégica.

O deputado disse que “os indicadores sociais da Amazônia, seguem sendo vergonhosos, em contraste com a grande riqueza natural”. Ele argumentou que, enquanto o Nordeste apresenta uma notável melhoria do conjunto de seus indicadores, a Amazônia está “até piorando”.

Citando dados do Relatório publicado em dezembro de 2010 pelo Instituto IMAZON, que foi produzido com base no Censo IBGE 2010 e, também, com base em dados publicados pelo IPEA e pelo Instituto Socioambiental da Amazônia — ISA, o deputado ressaltou que, embora a região amazônica seja rica em potencial, sua população continua vivendo em estado de pobreza.

“Em 2009, 42% da população da Amazônia vivia em extrema pobreza, enquanto a média brasileira, naquele ano, era de 29%. Na Amazônia, apenas 53% das famílias dispunham de uma alimentação sempre suficiente em 2009 e 11% declararam ter falta de alimento constante. No Brasil, os resultados médios são melhores: 65% da população com alimentação sempre suficiente”, ilustrou.

Ainda segundo o deputado, enquanto a pobreza extrema no Brasil foi reduzida de 20% para 11%, no Amazonas e no Amapá ela aumentou.

“ Na Amazônia verificam-se 70 mortes para cada 100 mil mulheres durante a gravidez, no parto ou no pós-parto. O mesmo dado para o Brasil é de 50 para 100 mil. Em países desenvolvidos, como o Canadá, é de 5 para 100 mil. Além disso, a gravidez na adolescência na região é a mais alta do Brasil”, alertou. Ainda segundo o deputado, é na região Norte, inclusive, segundo relatórios oficiais, onde a AIDS mais cresce no Brasil.

Ao final de seu discurso, Praciano disse que a região precisa de cuidados especiais, de uma política de Estado capaz de implementar um modelo de desenvolvimento que contemple a defesa, a soberania, o crescimento econômico e a sustentabilidade ambiental.

“Esse é um grito para que nos ouçam. Temos que nos acostumar a ver a Amazônia como brasileira”, finalizou Praciano.

Assessoria Parlamentar com Equipe Informes

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também