A Marinha brasileira recebeu nesta quarta-feira (29), apoio da Frente Parlamentar Mista Pró-Antártica, para a reconstrução das instalações destruídas por um incêndio na Estação Comandante Ferraz, na madrugada do último sábado (25).
Os deputados petistas Carlinhos Almeida (SP), Fernando Ferro (PE) e Pepe Vargas (RS), junto com outros integrantes do colegiado, lamentaram as mortes ocorridas na tragédia, e se comprometeram a buscar recursos para a reconstrução da estação.
“Presto aqui minha solidariedade aos familiares dos militares mortos na tragédia e à Marinha do Brasil pelas perdas materiais ocorridas no incêndio. Em momentos como esse é que os parlamentares, de situação ou oposição, devem se unir para buscar recursos para a continuidade desse projeto que não pertence a um governo, e sim ao País”, afirmou Carlinhos Almeida.
O deputado Fernando Ferro, ao lembrar a visita que fez à Estação Comandante Ferraz, também se comprometeu a lutar por mais recursos para a pesquisa na Antártica. “A perda de vidas humanas e das instalações e equipamentos científicos foi lamentável. Por isso apoio a ideia de alocarmos recursos para o Programa Antártico por meio de medida provisória, por acreditar que está caracterizada a urgência e relevância para o uso desse instrumento”, defendeu.
Já o deputado Pepe Vargas, também conhecedor da estação em 2010, afirmou que o governo estava investindo na modernização da base de pesquisa. “Sou testemunha do trabalho extraordinário desenvolvido pelos militares naquela estação e fiquei muito triste com a morte dos dois militares no incêndio. Agora precisamos reerguer o Programa Antártico Brasileiro, a exemplo do que já vinha ocorrendo por meio dos investimentos realizados pelo governo federal”, ressaltou.
Investimentos– Após lamentar as mortes e a destruição de parte da estação, o representante da Marinha, almirante Marcos José de Carvalho Ferreira, secretário da Comissão Interministerial para Recursos do Mar, disse que vários investimentos foram realizados na Estação nos últimos anos. Dentre eles, destacou a aquisição do navio polar Almirante Maximiliano, além da construção de novos laboratórios de pesquisa e compra de novos equipamentos, inclusive de segurança.
Causas– Sobre as causas do incêndio, o militar explicou que apesar de ainda esperar o resultado do Inquérito Policial Militar, algumas hipóteses já podem ser consideradas. “Pelas informações iniciais, o incêndio pode ter começado em um gerador de energia movido a diesel, que tinha menos de dois anos de uso”, destacou. Segundo ele, a base tinha equipamentos para combater incêndios e os militares também eram treinados para atuarem nestas condições, mas as condições climáticas dificultaram o trabalho.
Héber Carvalho
