Dirigentes de movimentos sociais, federações e confederações de trabalhadores do campo, reunidos em Brasília nesta semana, deliberaram pela construção e realização de um processo de luta unificada em defesa da Reforma Agrária, dos direitos territoriais e da produção de alimentos saudáveis.
Em ato político na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (28) os representantes dos trabalhadores rurais solicitaram a adesão e o compromisso dos parlamentares, do governo e de outras entidades e movimentos sociais com este processo.
O deputado Valmir Assunção (PT-BA), presente no ato político, parabenizou o processo de construção de unidade entre as organizações do campo, principalmente no cinquentenário do assassinato de João Pedro Teixeira, líder das Ligas Camponesas. “Só a unidade do povo no campo é capaz de se contrapor à atual situação agrária. É a luta pela reforma agrária, pelo território indígena e quilombola”, disse.
Para o deputado Bohn Gass (PT-RS) essas manifestações são importantes para resguardar a agricultura familiar e os direitos do povo do campo. “Não podemos tratar de forma desigual as ações ligadas à legislação do campo”, defendeu.
Manifesto – O documento, assinado pelo MST, Via Campesina, Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e a Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf), entre outras entidades, critica o agronegócio e o modelo de produção de commodities agrícolas baseado em latifúndios, na expulsão das famílias do campo e nos agrotóxicos.
“O agronegócio representa um pacto de poder das classes sociais hegemônicas, com forte apoio do Estado Brasileiro, pautado na financeirização e na acumulação de capital, na mercantilização dos bens da natureza, gerando concentração e estrangeirização da terra, contaminação dos alimentos por agrotóxicos, destruição ambiental, exclusão e violência no campo, e a criminalização dos movimentos, lideranças e lutas sociais”, afirma o documento.
Equipe Informes com Assessoria Parlamentar