Ato do MST em frente ao STF protesta contra prisão arbitrária de Lula

O líder do PT na Câmara, Paulo Lula Pimenta (RS), condenou hoje (17) a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e criticou a omissão do Supremo Tribunal Federal diante de encarceramento arbitrário determinado pelo juiz Sérgio Moro. “Como há dois anos, quando da realização do golpe parlamentar, midiático e judicial que derrubou Dilma Rousseff, hoje o STF está calado de novo diante da violência que é a prisão política de Lula, que não cometeu nenhum crime”. O líder conclamou o povo brasileiro a se unir em defesa da libertação de Lula.

A declaração de Pimenta foi feita em ato promovido pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em frente ao Supremo Tribunal Federal, em protesto contra a prisão de Lula e o golpe que nesta terça-feira completou dois anos. Para Pimenta, a omissão do STF permitiu a consolidação do golpe de 2016, pois manteve no cargo o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB), até a consolidação do chamado impeachment. Cunha depois foi cassado e preso.

Segundo Pimenta, 17 de abril agora passa a ser chamado de “Dia da Vergonha”, já que o golpe que derrubou Dilma manchou a reputação do Brasil perante o mundo. “Um bando de criminosos assumiu o governo, para destruir os direitos do povo brasileiro e entregar as riquezas nacionais a estrangeiros a preço de banana”, disse.

Com bandeiras e faixas pedindo a libertação de Lula e a anulação do golpe de 2016, os trabalhadores do MST também protestaram contra a onda de violência no campo, que recrudesceu com o governo ilegítimo Michel Temer. A data escolhida do protesto é para lembrar que, em 17 de abril de 1996, ocorreu o massacre do Eldorado dos Carajás, no Pará, com o assassinato, por policiais militares, de 21 trabalhadores rurais.

Participaram também do ato os deputados Carlos Lula Zarattini (PT-SP), João Lula Daniel (PT-SE), Nilto Lula Tatto (PT-SP) e Rubens Lula Otoni (PT-GO). Da Espanha, vieram para o protesto o senador Inácio Bernal (Izquierda Unida) e a deputada Natália Sánchez, da Candidatura de Unidad Popular (CUP), da Catalunha. Todos os parlamentares foram unânimes em dizer que a prisão de Lula é política, para afastá-lo da corrida presidencial. As últimas pesquisas de opinião mostram que Lula lidera em todos os cenários, mesmo despois de sua prisão arbitrária determinada por Sérgio Moro.

 

 

 

PT na Câmara

Foto: Magno Romero

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