Rogério Correia: “Tucanos de Minas são autoritários e querem intimidar oposição”

rogeriocorreiaO líder do bloco de oposição ao governo tucano em Minas Gerais (Movimento Minas Sem Censura), deputado estadual Rogério Correia (PT), acusou hoje (8) o governo tucano e seus aliados, principalmente o DEM, de agir arbitrariamente na tentativa de intimidar os partidos oposicionistas no estado (PT-PMDB-PC do B).

 “Os governos tucanos aqui em Minas, com Aécio Neves e agora com Antônio Anastasia, não admitem nenhum tipo de oposição. Para eles, a simples existência de opositores atrapalha a pretensão do ex-governador e atual senador Aécio de se candidatar à presidência da República em 2014”, explicou Rogério Correia. O parlamentar também agradeceu o apoio da bancada do PT na Câmara, manifestado em nota oficial divulgado na terça-feira (7) pelo líder do partido, deputado Jilmar Tatto (SP).

O líder petista mineiro é vítima de processo no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de Minas (ALMG) por ter denunciado, em 2006, a formação de um esquema de caixa dois que teria beneficiado políticos aliados do governo FHC e Aécio Neves. “Sou acusado por que usei as instalações do meu gabinete parlamentar para formalizar as denúncias de caixa 2, envolvendo políticos ligados ao governo FHC. Entre eles, Aécio Neves e José Serra. Será que fazer oposição a Aécio Neves em Minas é crime?”, indagou Correia.

A denúncia do deputado mineiro surgiu após a descoberta de uma relação com nomes de dezenas de políticos que teriam se beneficiado com doações de recursos públicos desviados da estatal Furnas Centrais Elétricas, nas eleições 2002. O caso ficou nacionalmente conhecido como a “Lista de Furnas”.

O deputado Rogério Correia considerou o movimento para processá-lo um ato de desespero de políticos tucanos. “A procuradora que investigava o caso da ‘Lista de Furnas’ concluiu a análise da ação e a remeteu, sob segredo de justiça, para a 2ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro para instauração de inquérito. Isto é o que tanto tem incomodado os tucanos”, constatou Correia. O parlamentar afirmou que o objetivo do PSDB mineiro, ao acusá-lo, é criar uma “cortina de fumaça” para desviar a atenção da sociedade sobre o caso.

Perseguição – Para Correia, outros casos demonstram a falta de compromisso dos governos tucanos mineiros com a liberdade de expressão. “Durante uma greve, uma diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, Beatriz Cerqueira, denunciou que estava sendo perseguida. Eu flagrei um carro descaracterizado, de uso da P-2 (serviço reservado da PM), que estava seguindo a sindicalista para intimidá-la”, denunciou.
 
O líder petista lamentou que essas e outras denúncias não tenham repercutido na imprensa mineira. “Infelizmente, aqui em Minas o Aécio não aceita críticas. O principal jornal do Estado (Estado de Minas) é apelidado de Andréia News, pois só divulga matérias autorizadas pela irmã de Aécio. Ela é quem controla com ‘mão de ferro’ a distribuição das verbas publicitárias do governo”, sustentou Correia.

Segundo ele, pelo estilo ‘“autoritário” de controlar o fluxo de informações sobre o irmão Aécio, Andréia Neves ganhou o apelido de “Goebbels das Alterosas”. Joseph Goebbels foi o ministro da Propaganda de Adolf Hitler na Alemanha Nazista, exercendo severo controle sobre as instituições educacionais e os meios de comunicação.

Site do movimento Minas Sem Censura: http://www.minassemcensura.com.br/conteudo.php?MENU=&;;LISTA=detalhe&ID=392

Héber Carvalho

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