Benedita afirma que protagonismo no Haiti eleva Brasil a potência regional

 benedita1 D1A deputada Benedita da Silva (PT-RJ), em discurso no plenário da Câmara, destacou esta semana o protagonismo do Brasil na ajuda humanitária ao Haiti e ressaltou que essa postura está credenciando o Brasil a assumir o posto de potência regional, ao demonstrar sua capacidade de oferecer soluções políticas e plausíveis a problemas críticos.

“Estamos diante de um desafio das potencias regionais, que é receber, abrigar e criar condições legais para o recebimento de imigrantes oriundos de crises políticas, catástrofes climáticas e da imigração em busca de oportunidades econômicas”, disse a deputada.

Benedita se referiu, sobretudo, à crise imigratória que o Brasil está enfrentando por conta do intenso fluxo de haitianos durante os últimos meses, em sua maioria, pelas cidades de Tabatinga, no Amazonas, e Brasileia, no Acre. “Esse fato testa não apenas a solidariedade e a tolerância da população em relação ao estrangeiro, especialmente os negros e pobres, mas levanta outra questão preocupante que é saber se estamos nos preparando para assumir essa condição de liderança regional e país de economia forte, que temos projetado ao exterior nos últimos anos”, argumentou.

O Haiti, que tem cerca de 9,7 milhões de habitantes, é o país mais pobre das Américas e ocupa a 158ª posição no universo de 187 países, de acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Para agravar esse quadro, em 2010, o país foi devastado por um terremoto de grandes proporções. Antes disso, em 2004, o Brasil assumiu o comando da Missão das Nações Unidas de Estabilização do Haiti. Segundo Benedita da Silva, foi a partir desse fato que o Brasil começou a imprimir um papel de grande influência, não só militar como também política e cultural. “A presença brasileira na música, nas artes, no futebol e nas TVs é crescente”, revelou.

A petista afirmou ainda que a presença brasileira no Haiti foi, além de laboratório para medir a capacidade do Brasil como mediador de situações de conflito, o marco de uma nova liderança regional que não busca mão de obra barata nem a exploração de seus vizinhos mais pobres. “Temos a oportunidade agora de mostrar aos países mais ricos novos modelos de inclusão de imigrantes, com um programa de imigração que respeite e que se baseia em Direitos Humanos e na solidariedade como roteiro de desenvolvimento e riqueza nacional”.

Tarciano Ricarto

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