Terminou sem acordo a reunião de líderes partidários realizada nesta quarta-feira (8) com o ex-presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP),
sobre a participação do PSD na distribuição de vagas nas comissões temáticas da Casa. A reunião aconteceu no gabinete da Presidência.
“Há uma unanimidade sobre as condições adequadas de trabalho na Casa para o PSD, mas como existem visões políticas, jurídicas e administrativas diferentes, não houve nenhum tipo de acordo na reunião de hoje. Não é uma tarefa fácil, mas quero registrar a boa vontade coletiva”, afirmou Arlindo Chinaglia.
Escolhido pelo Colégio de Líderes para produzir um acordo com as demais lideranças, Chinaglia anunciou uma nova rodada de negociações, após reunião com setores técnicos da Câmara.
“Vou conversar com a consultoria legislativa e, a partir daí, faremos novas reuniões, o que não impede que haja, inclusive, algumas conversas bilaterais”, afirmou o deputado.
Na avaliação de Chinaglia, o acordo feito com os líderes partidários durante sua gestão na presidência da Casa – sobre a composição da Mesa e das comissões temáticas – , não atrapalha em nada a tentativa de resolver a questão atual. “ Queremos evitar que um acordo eventualmente produzido aqui tenha uma repercussão, inclusive, em disputas que já estão no Poder Judiciário’, destacou o deputado.
Com base no critério da proporcionalidade, o PSD – criado no ano passado e com 52 deputados – teria direito à presidência de duas comissões. Democratas e o PR perderiam um dos dois colegiados que cada legenda preside atualmente. Esses partidos, por sua vez, alegam que o princípio só deve ser aplicado entre as bancadas eleitas.
O presidente Marco Maia (PT-SP) afirmou que se os líderes partidários chegarem a um consenso, “vamos redistribuir os cargos já existentes já que o espaço físico é o mesmo. Não existe nenhum acréscimo de comissões na Câmara”, explicou.
Ivana Figueiredo com Agência Câmara.
