Com o tema “Resistir é criar, resistir é transformar”, os organizadores do 13º Fórum Social Mundial que acontece em Salvador (BA), dos dias 13 a 17 de março – apontam a resistência como alternativa para enfrentar a onda de retrocessos, de ações antinacionais, agendas recessivas e ultraliberais de governantes não compromissados com as causas sociais e humanitárias. Essa construção se dará a partir de diálogos, debates, reflexões e troca de ideias e experiências entre representantes da sociedade civil, movimentos sociais e ONGs brasileiras, e de países como França, Alemanha, Canadá, Senegal, Marrocos, Finlândia, entre outros que já confirmaram presença ao evento.
Além de o tema que envolve culturas de resistências, serão debatidos também democracia, direitos humanos, democratização da economia, feminismo e luta das mulheres, desenvolvimento, Justiça Social e Ambiental.
A expectativa dos organizadores é de reunir mais de 60 mil pessoas na 13º edição do FSM, as quais serão recebidas pelo governador da Bahia, o petista Rui Costa. Os participantes também terão a oportunidade de compartilhar momentos com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, considerado o melhor presidente que o Brasil já teve. A presença do ex-presidente está confirmada para o dia 14 de março.
Também participarão do Fórum, o ex-presidente paraguaio, Fernando Lugo; a presidente da Fundação Franz Fanon, Mireille Fanon Mendes France; a Yalorixá Makota Valdina; a presidente da Federação Democrática Internacional de Mulheres (FDIM), Lorena Peña; o filósofo do Congo, Godefroid Ka Mana Kangudie, entre outros.
MEMÓRIA
“Um outro mundo é possível”
O primeiro FSM ocorreu em 2001, em Porto Alegre (RS), cidade que foi governada quatro vezes consecutivas por petistas. A capital gaúcha adotara, à época, um modelo de gestão que primava pela participação popular por meio do Orçamento Participativo, uma das bandeiras das administrações petistas, reconhecida internacionalmente.
A eficiência do modo petista de governar foi conhecida por mais de 20 mil pessoas de 117 países que acreditavam que “Um outro mundo é possível”, lema do primeiro FSM. De lá para cá, outros encontros foram realizados e todos com o mesmo objetivo: encontrar caminhos que permitam reflexão e enfrentamento ao modelo econômico, social, político e cultural excludente, globalizante e imperialista que permeia a sociedade nos quatro cantos do mundo.
O propósito original do FSM é o de se contrapor às políticas neoliberais do Fórum Econômico Mundial (FEM), que se realizava anualmente em Davos, na Suíça. Esse objetivo continua latente nas ações de homens e mulheres de maneira individual ou associados em movimentos sociais, comunitários, em organizações não governamentais ou na sociedade civil que lutam e sonham com um Brasil e um outro mundo possível.
Benildes Rodrigues