Petistas acompanham tragédia com desabamento de prédios no RJ

 

desabamentoRJAté o início da tarde desta sexta-feira (27), quase dois dias após o desabamento de três prédios no centro do Rio de Janeiro, doze corpos haviam sido retirados dos escombros e 25 pessoas ainda constavam na lista de desaparecidos.

Segundo a Secretaria Municipal de Assistência Social, o número de desaparecidos está sendo estimado de acordo com o relato de parentes e amigos de vítimas que estavam em uma das construções ou que passavam perto delas no momento do desabamento.

A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) acompanhou durante a manhã desta sexta-feira os trabalhos de busca no local e descreveu o clima de comoção de familiares na expectativa de encontrar sobreviventes. “Conversei com uma mãe que disse ter falado com o filho meia hora antes do acidente. Um rapaz que era filho único e que havia se formado em Engenharia no fim do ano passado. Ele fazia um treinamento em um dos prédios que desabou”, relatou Benedita.

As causas da tragédia estão sendo investigadas. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e outros especialistas minimizaram a possibilidade de explosão. De acordo com avaliações preliminares de técnicos, as causas teriam ligação com problemas estruturais. A prefeitura informou que os três imóveis estavam em situação regular e possuíam Habite-se (ato administrativo que autoriza o início da utilização efetiva de construções ou edificações destinadas à habitação).

O deputado Chico D’Ângelo (PT-RJ), ao falar das condições dos prédios do Rio de Janeiro, disse que, por se tratarem de construções antigas, deveria existir uma maior atenção às adaptações feitas ao projeto original de cada obra. “É preciso haver uma fiscalização mais rígida para esses casos”, avaliou. Sobre as investigações das causas da tragédia, o deputado afirmou que é preciso haver transparência em todo o processo, com a participação de todos os órgãos competentes, incluindo o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea). “É muito importante que sejam esclarecidas as causas do desabamento desses três prédios”, disse.

Benedita da Silva reforça a opinião do companheiro de bancada de que é preciso haver um acompanhamento mais minucioso sobre essas estruturas, “sobretudo sobre as reformas nos prédios mais antigos”. Para a deputada, o ideal seria criar uma rotina de fiscalizações que estabelecesse, segundo Benedita, uma frequência para que – de dez em dez anos, ao menos – esses prédios fossem vistoriados, de forma a traçar um raio-x de cada um deles. “Tudo isso precisa ser mais rígido”, definiu.

Desabamento – Três prédios de aproximadamente 18, 10 e 4 andares desabaram pouco depois das 20h de quarta-feira (25), na avenida Treze de Maio, região da Cinelândia, centro do Rio de Janeiro. Equipes de diferentes órgãos, como Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Comlurb etc, trabalham na remoção dos escombros. O entulho é levado para um galpão e passará por perícia. Desde as 6h de quinta-feira (26), estão interditados trechos da avenida Treze de Maio e da avenida Almirante Barroso entre a avenida Rio Branco e a rua Senador Dantas.

Tarciano Ricarto com agências

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