Para o deputado Leonardo Monteiro (PT-MG), membro da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, essa é mais uma iniciativa do governo Dilma na direção do desenvolvimento sustentável. “Essa é uma medida interessante porque, na medida em que já temos uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, o país também precisa adotar combustíveis que permitam a redução da poluição do ar, principalmente nas grandes cidades. Só assim o país poderá conciliar desenvolvimento econômico com sustentabilidade”, defendeu Monteiro.
Dentre as normas do Conama, estão a ampliação da oferta no mercado do Diesel S-50 e sua substituição daqui a um ano pelo S-10, com teor de enxofre 50 vezes menor que o utilizado até agora, aliada aos Planos Estaduais de Controle da Poluição do Ar. Esses Planos podem conter a obrigatoriedade da inspeção veicular, e faz parte do pacote que visa garantir uma melhor qualidade do ar nos grandes centros urbanos.
Segundo o Conama, as normas adotadas visam elevar a qualidade do ar a padrões internacionais nos próximos anos. As novas regras, negociadas com a indústria e com os representantes da sociedade civil, prometem reduzir drasticamente a poluição que sai do escapamento de ônibus e caminhões. Juntos, eles são os maiores responsáveis por grande parte dos poluentes que afetam diretamente a saúde dos habitantes das cidades, principalmente grandes e médias.
De acordo com o Proconve, está sendo ampliada em todo o País a oferta dos combustíveis menos poluentes nas bombas. A indústria já modificou totalmente os motores dos veículos pesados novos e, a partir de agora, os motoristas de carros já em uso vão precisar medir os níveis de emissões de poluentes na hora de renovar a licença anual.
“Nossos combustíveis estarão entre os menos poluentes do mundo”, assegura a diretora do Departamento de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Sérgia Oliveira. A expectativa é que a melhoria da qualidade do ar seja sentida na redução de doenças respiratórias que, além dos prejuízos à saúde, principalmente de crianças e idosos, impactam no orçamento do Sistema Único de Saúde.
Héber Carvalho com ASCOM/MMA