O Brasil participará em 2012 da Rio+20 – a Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – com o desafio de mostrar ao mundo a viabilidade de promover um crescimento sustentável aliado a uma agenda social:
erradicação da pobreza extrema, combate às desigualdades, acesso à saúde e à educação, promoção da igualdade de gênero e racial, entre outros pontos.
O deputado Márcio Macêdo (PT-SE), que é vice-presidente da Subcomissão Especial destinada a debater as propostas do Brasil para a Rio+20, avalia que a conferência será o encontro mais importante do início deste século acerca da temática ambiental. “Passados 20 anos da ECO 92, o País vai fazer um balanço, apontar correções de rumos e propor um novo futuro, pautado na economia verde, no combate à pobreza e no desenvolvimento sustentável – cenário do qual o Brasil é protagonista”, afirma.
Para Macêdo, o exemplo que será apresentado pelo País vai desfazer o discurso de que existe uma dicotomia entre garantir a preservação ambiental e combater a pobreza e gerar emprego e renda. “A proposta do Brasil é consistente e aponta para uma economia verde que valoriza a questão da sustentabilidade”, reforça.
O deputado Leonardo Monteiro (PT-MG), que também integra o colegiado, ressalta que a subcomissão está fazendo debates em todo o País para subsidiar as propostas do Brasil para a conferência. A ideia é, até março, contemplar todas as regiões brasileiras com a realização de audiências públicas para discutir temas como biomas, recursos hídricos, meio ambiente urbano, energia e segurança alimentar.
No mês passado, Leonardo Monteiro participou de uma comitiva que viajou à Alemanha para conhecer experiências exitosas sobre energias renováveis. “A substituição dos modelos de consumo de energia certamente será um dos temas principais da Rio+20, bem com a questão das mudanças climáticas e da necessidade urgente de promover economias sustentáveis”, afirma.
Ao falar sobre a Rio+20, o deputado Fernando Marroni (PT-RS) destaca que o diretor-executivo da ONU para a conferência, Brice Lalonde, declarou acreditar que um dos principais papéis atribuídos ao Brasil no encontro será o de dar exemplos de como agir para cumprir os tratados internacionais. “Ao apontar nosso País como uma liderança mundial em termos de desenvolvimento sustentável, Lalonde também lançou uma grande responsabilidade sobre nossa participação no evento”, disse.
Marroni também ressaltou a reponsabilidade da Câmara no debate: “Temos uma grande contribuição a dar, temos de ir adiante, seguir em frente e aprovar temas essenciais para o desenvolvimento sustentável”.
Tarciano Ricarto
