Os salários pagos a partir do início deste ano – referentes ao mês de dezembro de 2011 – terão aumento devido à correção em 4,5% da tabela do imposto de Renda, que vigora desde 1º de janeiro. Para o deputado Assis Carvalho (PT-PI), membro da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, a sociedade será beneficiada com a medida que, segundo ele, tem alcance não apenas tributário, mas também social.
“O benefício da correção da tabela do IR é significativo para o contribuinte, porque, além de fazer justiça tributária também distribui renda, uma vez que cobra menos imposto das pessoas que têm rendimentos menores”, explicou. O parlamentar também elogiou a presidenta Dilma Rousseff e a equipe econômica do governo pela sensibilidade em adotar a medida que, segundo ele, é uma das bandeiras dos deputados petistas.
Com a mudança, o valor final do imposto retido na fonte vai diminuir sobre as cinco faixas salariais que compõem a tabela do IR. Pela norma, quem ganha até R$1.637,11 fica livre do desconto, contra R$ 1.566,61 do limite anterior. A alíquota mais alta, de 27,5%, passa a ser aplicada sobre a parcela do salário que supera R$ 4.087,65. Atualmente, atinge o ganho acima de R$ 3.911,63.
Além dos descontos com dependentes que são abatidos da base de cálculo do imposto, há ainda a contribuição para a previdência, também abatida do salário antes da aplicação da tabela do IR. O imposto retido na fonte depende ainda do abatimento mensal por dependente, que sobe de R$ 157,47 para R$ 164,56 em 2012. O valor também varia de acordo com a contribuição para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que terá seu reajuste definido agora em janeiro.
A correção da tabela deve representar uma renúncia fiscal de quase R$ 2,5 bilhões em 2012, segundo estimativas da Receita Federal.
Heber Carvalho com agências
