O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), criticou a decisão do TRF-4 contra o ex-presidente Lula, que manteve a condenação proferida em primeira instância pelo juiz Sérgio Moro. O parlamentar classificou a sessão desta quarta-feira (24) como um “jogo de cartas marcadas”.
Para Pimenta, “os desembargadores não analisaram a propriedade do imóvel, e limitaram-se a defender Sérgio Moro”. Segundo o líder, quando um juiz precisa ser defendido por um colegiado durante 12 horas, fica evidenciado que a sentença é política e que, ao fim, não conseguiu apontar nada contra o ex-Presidente Lula. “Assistimos a uma defesa da sentença e não uma análise dos argumentos da defesa. Um jogo de cartas marcadas”, reiterou Pimenta.
Até mesmo jornalistas e veículos aliados à direta “estranharam” a unanimidade dos votos dos três desembargadores, em um processo que desde o seu início é marcado por muitas contradições e atropelos, como a própria decisão do TRF-4 de marcar o julgamento dos recursos de Lula furando a própria fila do Tribunal.
Ato em São Paulo– Depois de participar das inúmeras manifestações ocorridas em Porto Alegre (RS) em solidariedade a Lula, Paulo Pimenta se uniu a grande parte da bancada e viajou para São Paulo. Eles foram participar do Ato com Lula em Defesa da Democracia, realizada na Praça da República, no centro de São Paulo.
Durante a manifestação, o líder do PT reafirmou a sua indignação com o resultado do julgamento no TRF4 e ressaltou que a população não aceitará mais esse golpe.
“Não aceitaremos mais esse golpe praticado por aqueles que afastaram Dilma, que querem destruir a nossa soberania, o nosso pré-sal e a nossa Previdência. O povo não vai assistir passivamente o Lula ser vítima desse esquema criminoso. Se os golpistas, se a Globo e se o (juiz Sérgio) Moro quiser, apresentem um candidato e participem da disputa. Não vão ganhar no tapetão. O povo quer ter o direito de escolher o seu presidente”, ressaltou Pimenta.
O líder do PT informou ainda que a candidatura de Lula será reafirmada, amanhã (25), em uma reunião da Direção Nacional do Partido dos Trabalhadores.
Fabrício Carbonel e Héber Carvalho