Os deputados Pepe Vargas (PT-RS) – presidente do partido no estado- Bohn Gass (PT-RS), Maria do Rosário (PT-RS) e Léo de Brito (PT-AC) reafirmaram nesta segunda-feira (22), em Porto Alegre, que Lula será o candidato do partido a presidente da República nas eleições de outubro “independentemente do resultado do julgamento no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) ”. Na quarta-feira (24), o tribunal julga recurso da defesa de Lula contra a decisão do juiz Sérgio Moro que condenou o ex-presidente na 1ª instância.
Segundo os parlamentares, qualquer tentativa de retirar Lula da disputa é um golpe contra a democracia e contra o livre direito da população escolher o próximo presidente.
“Queremos deixar bem claro: uma eleição sem Lula não terá credibilidade. Esperamos que o TRF4 se reencontre com a verdade, e a única forma disso ocorrer é com a absolvição do Lula”, observou Pepe Vargas.
Em relação à acusação de que Lula é dono do tríplex no Guarujá (SP), o deputado Bohn Gass destacou que a defesa do ex-presidente Lula já demonstrou que “as acusações não param em pé”. Ele lembrou ainda que juristas renomados já apontaram erros claríssimos na sentença do juiz Sérgio Moro.
“Portanto, inviabilizar a participação do Lula no pleito eleitoral seria um golpe e uma fraude. Por isso queremos um julgamento dentro das regras, porque aí é absolvição. Uma condenação sem provas criaria um precedente perigoso para a democracia. Mas, independentemente do resultado, o PT vai lançar a candidatura do Lula junto com movimentos do campo democrático e popular para que ele possa participar da eleição em outubro”, avisou.
Ainda, de acordo com Bohn Gass, o lançamento do nome de Lula para disputar a presidência da República vem ao encontro do desejo da maioria da população brasileira. “O povo tem saudades dos tempos do Lula, quando o salário era reajustado, as compras aconteciam, quando o filho ia para a faculdade e ainda havia investimento e geração de emprego neste país. Precisamos reconstruir a democracia. Por isso é fundamental defender o Lula e a oportunidade do povo escolher livremente o próximo presidente”, ressaltou.
Em pronunciamento gravado nas ruas de Porto Alegre antes da Marcha dos Movimentos Sociais em defesa de Lula, a deputada Maria do Rosário lembrou que uma condenação sem provas contra o ex-presidente seria um ato de extrema injustiça.
“Retirar a possiblidade da candidatura do Lula representaria um ato autoritário de extrema gravidade. Não há prova alguma contra Lula. Enquanto isso existem provas contra outras figuras da república, com malas de dinheiro e ministros envolvido em toda espécie de denúncias e falcatruas. Contra Lula não há provas. Portanto, sem prova não há crime”, concluiu.
Após o ato da UNE que transferiu simbolicamente a sede da entidade para Porto Alegre- em solidariedade a Lula- o deputado Léo de Brito disse esperar que o TRF4 analise com imparcialidade o recurso da defesa do ex-presidente.
“Esperamos que o TRF4 faça justiça ao ex-presidente Lula e também a democracia, absolvendo o ex-presidente na próxima dia 24 (quarta-feira). Esse é o julgamento justo que eu espero”, ressaltou.
Héber Carvalho