Marina pede que parlamento se manifeste contra bloqueio à Gaza

faixa_gazaA deputada Marina Sant’Anna (PT-GO) destacou esta semana em pronunciamento no plenário da Câmara a importância de o parlamento brasileiro se manifestar contra o bloqueio imposto ao povo palestino e a favor de uma existência compartilhada entre os estados de Israel e da Palestina, com a possibilidade de também dividirem a capital Jerusalém.

O apelo da deputada se respaldou em viagem de uma delegação da Câmara à Faixa de Gaza, entre 21 a 27 de novembro, da qual participou a convite do Council for European Palestinian Relations, uma organização que promove o diálogo entre parlamentos de diferentes países sobre a questão palestina. Marina Sant’Anna também esteve no Egito e presenciou as manifestações populares que pediam a saída dos militares do poder.

A deputada participou de debates e visitas com o objetivo de fortalecer a luta pelos direitos da população que sofre na Faixa de Gaza. Ela detalhou que, durante a viagem, foi possível verificar a pobreza dos pescadores palestinos, impedidos de pescar em função de bloqueios comerciais; as casas reconstruídas e destruídas sucessivas vezes por ataques inimigos; as dificuldades de pessoas com deficiência, de mulheres, de estudantes e de refugiados; bem como as ajudas humanitárias de vários países, entre eles o Brasil, que também enfrentam dificuldades de prover o auxílio necessário em função do bloqueio.

“Nós pudemos observar, na cidade de Gaza, com 1 milhão e 600 mil habitantes, quais as consequências de um bloqueio a um povo. Aquelas pessoas estão ali sem acesso sequer à passagem cotidiana, à saída da Faixa de Gaza”, detalhou. Mais adiante Marina Sant’Anna descreveu o estado de miséria que presenciou não como “a pobreza da desigualdade social”, mas como a pobreza da falta de espaço, “porque a fronteira bloqueia as possibilidades daquele povo”.

Sobre as obras em andamento feitas a partir da ajuda de outros países, a parlamentar disse que esteve em três delas: uma ponte, construída com recursos brasileiros; uma estação de tratamento de esgoto, com recursos da Alemanha; e um hospital, com recursos da Arábia Saudita – todas elas com algum tipo de impedimento para serem concluídas.

Por fim, mostrou ainda a dificuldade de atuação do próprio parlamento, já que ele funciona de forma divida, entre a Cisjordânia e Gaza. “Vinte e dois deputados estão presos em Israel, e as reuniões são feitas por teleconferência”, explicou.

Como resultado da viagem, a deputada assinou uma carta compartilhada por representantes de organizações governamentais e não governamentais, pedindo fim ao cerco comercial e humanitário a Gaza. O grupo pede livre acesso de pessoas e mercadorias por terra, mar e ar.

Tarciano Ricarto

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também