Lula anuncia referendo revogatório dos retrocessos golpistas

Trabalhadores, estudantes, políticos, militantes e artistas formaram um grande coro de milhares de vozes para cantar em alto e bom som que “Vai dar PT, Vai dar PT”, no ato de encerramento da Caravana de Lula por Minas, que nos últimos oito dias percorreu 21 cidades mineiras levando esperança de tempos melhores e de um novo programa para o Brasil. Uma verdadeira multidão lotou a praça da Estação em Belo Horizonte para ouviu o ex-presidente Lula. “Se eu não acreditasse que era possível recuperar o Brasil não estaria aqui”, disse.

Lula lembrou que deixou a Presidência da República com 89% de aprovação, destacando que isso foi possível porque contou com a Dilma Rousseff na Casa Civil e com os brasileiros acreditando e apoiando o projeto do PT. “Mas vou dizer do fundo da minha alma, do meu coração, que estou preparado para provar pela segunda vez que este País tem jeito, que o Brasil pode ser um País desenvolvido, exportador e respeitado. Mas que só haverá recuperação se o povo voltar a ter autoestima. Temos que gostar do Brasil, temos que assumir responsabilidade que o Brasil será o País que a gente quiser, e não o que o Temer e o Meirelles quiserem”, pediu Lula.

Aplaudido por milhares de pessoas, Lula anunciou que, na sua volta à Presidência do País haverá um referendo revogatório “para acabar com todas as bandalheiras” que foram feitas neste País pelos golpistas que tomaram o poder. “Todos precisam saber que vamos fazer isso, que vamos revogar o que eles destruíram, como a legislação trabalhista”. Lula lembrou ainda que eles (os golpistas) agora querem acabar com a Previdência Social, querem acabar com a aposentadoria e com os empregos.

Além do referendo revogatório, Lula anunciou que vai democratizar os meios de comunicação. “Eu quero dizer que não é censura, porque isso quem faz é o telespectador, o leitor, o ouvinte. Eu e a Dilma fomos muito condescendentes com a grande mídia, e o que eu quero agora e democratizar, distribuir os recursos destinados à comunicação para todos. Não podemos deixar que apenas nove famílias comandem de forma ideológica e com mentiras as comunicações desse País”, afirmou.

Lula disse ainda que não se importava da grande mídia não noticiar a Caravana Lula pelo Brasil. Ele lembrou que o mais importante dessas viagens pelo Brasil era conversar com as pessoas. “E uma boa parte dos brasileiros tem rede social, acompanha tudo. Nós estamos preocupados é com o que vocês vão fazer quando voltarem para as suas casas, porque não dá para continuarem omissos vendo 300 golpistas destruírem esse País”.

Em tom de apelo, o ex-presidente pediu ainda que todas as vezes que alguém tivesse dúvidas lembrasse que tem um cidadão de Garanhuns que comeu pão pela primeira vez aos 7 anos e que aprendeu a andar de cabeça erguida. “Vamos mostrar quem nós somos e o que nós queremos para o nosso País”.

Antes de encerrar seu discurso, Lula lembrou da história de Tiradentes, um mineiro que foi enforcado por defender a independência do Brasil. “Mataram a sua carne, mas não as suas ideias, 30 anos depois, o Brasil se libertou de Portugal”. Pontuou de forma irônica que agora apontam Lula como um problema, atribuindo a ele impedimentos legais e inventando mentiras. “Mas o que eles não sabem é que o Lula não é o Lula. Na verdade, o Lula é uma ideia que está na cabeça de milhões de brasileiros que querem um País mais justo para todos. Somos milhões de Lulinhas. O brasileiro está mais consciente”.

Lula ainda brincou: “Se um Lula incomoda muito gente, imaginem esses milhões de Lulinhas. Eu aprendi a não desistir. E é com essa força que vamos virar o jogo e trazer de volta a democracia. Sem Minas eu não seria ninguém, quero mineiros na frente dessa batalha”, encerrou.

Vânia Rodrigues

Foto: Ricardo Stuckert

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