Lei da Copa: FIFA aceita cota de ingressos para estudantes e idosos

fifa0811_D1O secretário-geral da Federação Internacional de Futebol – FIFA, Jérôme Valcke, afirmou nesta terça-feira (8), na Câmara, que a entidade aceita criar cotas com ingressos mais baratos para atender idosos, estudantes e pessoas de baixa renda na Copa de 2014 no Brasil. A afirmação ocorreu em audiência pública da comissão especial sobre a Lei Geral da Copa (PL 2330/11), realizada nesta terça. Para o relator do colegiado, deputado Vicente Cândido (PT-SP) e o vice-líder do governo na Casa, deputado José Guimarães (PT-CE) a iniciativa contribui para resolver a maior polêmica sobre o evento.

“A proposta de criar cotas de ingressos mais baratos para a Copa de 2014 contribui para o esforço de encontrar uma solução que permita atender as reinvindicações de setores da sociedade brasileira e às expectativas da entidade organizadora da Copa”, destacou Vicente Cândido.

Para o vice-líder José Guimarães, ao criar uma faixa para ingressos populares a FIFA desfaz o ambiente de polarização que estava sendo criado entre governo, parlamento e a entidade. “Com o compromisso assumido pelo representante da FIFA, poderemos resolver não só a questão da meia entrada para idosos e estudantes, preservando a legislação existente no país, como também garantir o cumprimento dos compromissos assumidos pelo país quando ganhou a indicação para sediar a Copa do Mundo”, destacou.

Apesar de assumir que a FIFA não gosta da ideia da meia entrada, Jérôme Valcke afirmou que a entidade respeitará o direito assegurado aos idosos, por se tratar de uma “lei nacional”. O dirigente propôs ainda a criação de uma nova categoria de ingressos para atender também aos estudantes e torcedores de baixa renda.

“O problema em garantir a meia entrada para os estudantes não é de dinheiro mas, sim, técnico. A FIFA propõe que ao invés de atendermos diferentes grupos separadamente, implantemos a categoria quatro de ingressos, com preços populares, para atender todos esses grupos”, explicou.

Pela proposta da entidade, os jogos da primeira fase da Copa, exceto a abertura, teriam ingressos no valor aproximado de US$ 25 (R$ 43). Já os ingressos mais caros, os da categoria 1, devem chegar, segundo Valcke, a US$ 900 (R$ 1.500).

Bebidas – Sobre a questão da venda de bebida alcoólica nos estádios, Jéromie Valcke destacou que “não é do interesse da entidade embebedar ninguém” mas que ela precisa respeitar contrato assumido com uma indústria de cerveja, patrocinadora do evento.

Comércio – O secretário geral da FIFA também defendeu a proteção às marcas e patentes, além da exclusividade da venda de produtos relativos ao evento. “A FIFA tem que proteger os seus parceiros, que são aqueles que financiam a realização da Copa”, destacou.

Lucro – Também presente a reunião, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, apresentou números que atestam a importância econômica da Copa para o país. “Dados da consultoria Ernst & Young indicam que a produção sobre bens de consumo terá impacto de R$ 110 bilhões, gerando uma arrecadação tributária adicional de R$ 20 bilhões. Já sobre a renda, haverá aumento de R$ 63 bilhões, mais os ganhos em relação ao turismo com a exposição de imagem do Brasil no exterior”, ressaltou.

Segundo dados da FIFA, a transmissão dos jogos da Copa de 2014 será assistida por três bilhões de pessoas em todo o mundo e o Brasil deverá receber cerca de 500 mil turistas durante o evento.

Héber Carvalho

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