Depois de um ano, quando Dilma Rousseff foi afastada em definitivo da Presidência da República, os prejuízos para a juventude são muitos. Para o deputado João Daniel (PT-SE) “houve um retrocesso no sonho do concurso público, do emprego, dos direitos trabalhistas, da formação acadêmica. Enfim, vivemos uma situação de desmonte de todas as conquistas sociais dos últimos 13 anos”, destacou.
O parlamentar lembrou que Dilma e todos que estavam atentos ao golpe já alertavam isso desde o impeachment, que o que estava em jogo não era apenas o mandato, mas a democracia, a soberania do povo, o respeito à Constituição e a todas essas conquistas. E, passado esse período de 12 meses da consumação do golpe, João Daniel ressalta que vários são os retrocessos e quando se fala em debater o futuro da nação indissociavelmente se pensa na juventude.
“Nesse momento estamos vendo a verdadeira intenção deste governo ilegítimo, não só com o nosso futuro, mas como tem tratado nossos jovens. A começar pelo desmonte do papel do Estado brasileiro previsto na Constituição de 1988. Estão promovendo a mais profunda política de desmonte estatal já vista no Brasil, que destrói não só programas sociais recentes, mas também direitos históricos e duramente conquistados, além de um imenso programa de privatizações”, afirmou.
Lembrou que um dos maiores desejos da juventude é a efetivação em um emprego público, o que hoje está ameaçado, pois este governo tenta impor um projeto, que não foi referendado nas urnas, mas que defende o estado mínimo. “Este governo tem incentivado os Estados e municípios a congelar a realização de concursos públicos, coagindo e atrelando ajuda financeira apenas aos estados que se submetam a esta agenda, e que inclui privatizações”, disse.
“Nossos jovens encontrão um mercado de trabalho incerto, com baixos salários e muita exploração patronal, pois o ‘acordo’ que o empregador impuser aos trabalhadores valerá mais do que a Lei, sob pena de demissão ou não contratação do profissional que refutar tais condições”, disse, se referindo à reforma trabalhista.
Além disso, ressaltou João Daniel, a educação foi afetada diretamente com o congelamento dos investimentos públicos por 20 anos, através da PEC 55.
Assessoria Parlamentar
Foto: Gustavo Bezerra/PTnaCâmara